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Tiroteio na Rocinha deixa moradores sem luz há mais de 24 horas

Mais de 200 mil moradores estão sem luz depois que tiros atingiram transformadores de energia nas áreas da Roupa Suja e Dionéia, na comunidade

Rocinha: policiamento na comunidade é reforçado diariamente com as tropas de elite da Polícia Militar desde setembro do ano passado (Mario Tama/Getty Images)

Rocinha: policiamento na comunidade é reforçado diariamente com as tropas de elite da Polícia Militar desde setembro do ano passado (Mario Tama/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 2 de maio de 2018 às 16h03.

Moradores da favela da Rocinha nos bairros da Gávea e de São Conrado, zona sul do Rio, com mais de 200 mil moradores, estão sem luz desde a manhã de ontem (1º), depois que tiros atingiram transformadores de energia nas áreas da Roupa Suja e Dionéia, na comunidade.

A Light informou que um trecho foi restabelecido, mas alguns clientes estão sem energia há mais de 24 horas. De acordo com a concessionária "estamos trabalhando para substituir o equipamento e restabelecer a energia".

Ontem, homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram atacados por criminosos na região conhecida como "Roupa Suja", na parte alta da favela. Houve um tiroteio intenso e disparos de armas pesadas, principalmente fuzis atingiram transformadores de energia e cabos de média tensão da concessionária de energia.

Como o clima era de insegurança, as equipes de reparo da Light não conseguiram fazer os reparos necessários. Em algumas ruas o serviço foi normalizado com as equipes de rua acessando à Rocinha.

Por medida de segurança, devido ao tiroteio, a Autoestrada Lagoa-Barra ficou interdita por aproximadamente 30 minutos. De acordo com a Polícia Militar, não houve prisões ou feridos no conflito.

O policiamento na comunidade da Rocinha é reforçado diariamente com as tropas de elite da Polícia Militar desde setembro do ano passado, após a guerra entre as quadrilhas de Antonio Bonfim Lopes, o "Nem da Rocinha" e de Rogério Avelino de Souza, o "Rogério 157" que lutam pelo domínio do tráfico de drogas na comunidade.

Devido aos tiroteios diários, as Forças Armadas foram chamadas pelo governo do Rio para atuar na comunidade. Depois de uma semana de ocupação, os militares deixaram a região e o patrulhamento ficou a cargo da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, com reforço das tropas de elite da corporação.

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