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A Economist, a crise e a mudança

A revista britânica The Economist se transformou, nos últimos anos, num improvável termômetro do sobe e desce da economia brasileira. Tudo começou em 2009, quando a Economist estampou sua capa com a famosa imagem do Cristo Rendentor decolando. O Brasil era, então, “a maior história de sucesso da América Latina”. O Brasil, como se sabe, […]

THE ECONOMIST: em 2015, foi a vez do atoleiro. Nesta quinta-feira, de sugerir novas eleições no Brasil / Reprodução / The Economist

THE ECONOMIST: em 2015, foi a vez do atoleiro. Nesta quinta-feira, de sugerir novas eleições no Brasil / Reprodução / The Economist

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2016 às 07h00.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h29.

A revista britânica The Economist se transformou, nos últimos anos, num improvável termômetro do sobe e desce da economia brasileira. Tudo começou em 2009, quando a Economist estampou sua capa com a famosa imagem do Cristo Rendentor decolando. O Brasil era, então, “a maior história de sucesso da América Latina”.

O Brasil, como se sabe, não foi a lugar algum e, em dezembro de 2012, a Economist pediu a demissão do então ministro da Fazenda Guido Mantega e de toda a equipe econômica. Era o começo do caos em nossa economia. Mantega acabou sendo demitido apenas dois anos depois – segundo muitos analistas por birra da presidente Dilma Rousseff contra a revista inglesa.

Em setembro de 2013, outra capa famosa – a do Cristo em queda livre. No início de 2015, a revista estampou na capa o atoleiro em que o Brasil havia se medito. Nesta quinta-feira, a capa mais dura: a Economist exibiu o Cristo pedindo Socorro. O Brasil, relembram os ingleses, vive a maior recessão desde 1930. A inflação e o desemprego estão acima dos 10%. O fracasso, diz a Economist, não é culpa apenas dos sucessivos erros de Dilma Rousseff, mas de toda a classe política que afundou o país com “um misto de negligência e corrupção”.

“Temer pode trazer algum alívio econômico no curto prazo”, segue a reportagem. “Mas o PMDB também está comprometido”. Como 60% dos parlamentares são alvo de algum tipo de acusação, a melhor solução seria organizar novas eleições. A ideia de fato está em análise pelo Senado. Mas, a julgar pelo histórico da revista em relação ao Brasil, é pouco provável que a ideia vá adiante.

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