Maia: "Não há dúvida de que o candidato a esta vaga estará sujeito às mesmas condições e restrições do seu antecessor", disse advogado (Adriano Machado/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 19h38.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello concedeu hoje (20) prazo de dez dias para a Câmara dos Deputados se manifestar sobre a ação em que o Partido Solidariedade tentar barrar a eventual candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à reeleição. A ação foi proposta na semana passada pela legenda.
Após receber as informações da Câmara, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), que também deverão se manifestar após a Casa, o ministro deverá submeter a questão ao plenário do STF.
Em virtude do recesso na Corte, o assunto só deve ser decidido pelos ministros após a eleição para o comando da Casa, prevista para o dia 1º de fevereiro.
No pedido de liminar, os advogados do partido pedem que a Corte interprete o regimento interno da Câmara conforme a Constituição, para fixar o entendimento de que a proibição de recondução do presidente da Câmara dos Deputados ao cargo também se aplica ao parlamentar que tenha sido eleito para um "mandato tampão", como foi o caso de Maia.
"Não há dúvida de que o candidato a esta vaga estará sujeito às mesmas condições e restrições do seu antecessor. Não se trata de um mandato à parte ou de um outro tipo de mandato, mas, sim, do mesmo, vale dizer, de Presidente da Câmara dos Deputados", diz o partido. O advogado de Rodrigo Maia disse que não irá comentar a ação.