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Testemunha falta a depoimento na CPMI do Cachoeira

Sem apresentar justificativa, a empresária Ana Cardozo de Lorenzo, acusada de ser sócia de uma empresa fantasma, não compareceu ao Congresso

O presidente da CPMI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (e): com a ausência de Ana de Lorenzo, a reunião da CPMI foi encerrada (Wilson Dias/ABr)

O presidente da CPMI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (e): com a ausência de Ana de Lorenzo, a reunião da CPMI foi encerrada (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 12h28.

Brasília - A empresária Ana Cardozo de Lorenzo, esperada para prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira não compareceu à reunião. No início da semana ela havia encaminhado um pedido de adiamento de seu depoimento, que foi indeferido pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Hoje, ela não apareceu para depor e não apresentou justificativa.

A ausência de Ana Cardoso foi comunicada pelo presidente da comissão que não detalhou que providências serão tomadas. "Ela simplesmente não apareceu", disse. "Vou encaminhar o caso a minha secretaria para tomar as devidas providências", completou Vital do Rêgo.

Ana de Lorenzo é sócia da Serpes Pesquisas de Opinião e Mercado, empresa contratada na campanha de 2010 do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Essa empresa recebeu depósitos da Alberto&Pantoja, indicada pela Polícia Federal como empresa fantasma do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Com a ausência de Ana de Lorenzo, a reunião da CPMI foi encerrada. Ela seria a única a falar das quatro testemunhas marcadas para prestar depoimento hoje (3).

Outro depoente seria Joaquim Gomes Thomé Neto, que chegou a comparecer à comissão, mas foi dispensado por comprovar que passou por um exame de cateterismo no último dia 26 e que não estaria em condições de depor. Ele esteve também amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) e apresentou atestado médico que descreveu um quadro de "oscilação de pressão e tonturas sucessivas”. Ele é apontado pela Polícia Federal como responsável pelas escutas clandestinas que auxiliavam o esquema comandado por Cachoeira.

Mais dois depoentes não foram localizados pela Polícia Legislativa para serem notificados. Um deles é o ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás, Edivaldo Cardoso. De acordo com Vital do Rêgo, Cardoso entrou em contato com a comissão e informou que está viajando, mas está disposto a prestar depoimento em outra data.

Cardoso teria sido indicado ao cargo por Cachoeira. No relatório dos policiais entregue à CPI, eles informaram que a empregada da casa de Cardoso, em Goiânia, disse que tinha ordem para nem receber nem assinar qualquer documento.

A empresária Rosely Pantoja também não foi localizada. Ela é responsável pela empresa Alberto&Pantoja. De acordo com o relatório dos policiais entregue à CPMI, o irmão de Rosely, Carlos Alberto Rodrigues da Silva, informou que há dois anos não sabe o paradeiro dela.
O senador Vital do Rêgo informou que todos que faltaram ou não foram localizados serão reconvocados.

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