Três testemunhas de acusação contra o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Operação Lava Jato foram ouvidas, hoje (1º), na Justiça Federal no Rio de Janeiro, em processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo juiz Paulo Marcos de Farias: os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, que confirmou o pagamento de propina ao deputado, no valor de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões.
O advogado Sérgio Guimarães Riera, que defende Fernando Baiano, disse que ele confirmou a entrega de propina, no escritório de Cunha, no centro do Rio.
O deputado acompanhou parte dos depoimentos, prestados na 9ª Vara Federal, no centro do Rio, ao juiz assistente do Supremo Tribunal Federal (STF) Paulo Marcos de Farias, auxiliar do ministro Teori Zavascki, responsável pelo processo contra o ex-presidente da Câmara e que suspendeu o mandato do parlamentar.
Sobre a forma de pagamento da propina Riera disse que, segundo Fernando Baiano, foram pagos “em torno de quatro a cinco milhões de reais, em várias ocasiões. O dinheiro chegava, via Alberto Yousseff, a pedido de Julio Camargo, entregava a ele [Baiano], que levava ao escritório de Eduardo Cunha, no centro da cidade”.
O advogado de Baiano disse que o dinheiro pago a Cunha era decorrente de uma ajuda pela cobrança da dívida de navios-sondas da Petrobras.
“[Decorrente] de uma ajuda na cobrança da dívida. O deputado não tem nenhuma relação com a contratação dos navios-sondas. Ajudou a cobrar o valor. Segundo o Fernando afirmou, ele [Cunha] recebeu entre quatro e cinco milhões de reais”, disse o advogado.
Cunha, Costa e Cerveró e seus advogados saíram sem falar com a imprensa.
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1/15 (José Cruz/Agência Brasil)
São Paulo – Nem mesmo a lembrança de ver suas poupanças congeladas há 3 décadas fez com que os brasileiros colocassem o hoje senador
Fernando Collor de Mello (PTB-AL) no topo do
ranking dos políticos mais reprovados do Brasil. Segundo levantamento da empresa de pesquisas Ipsos, esse posto pertence hoje ao peemedebista
Eduardo Cunha, afastado da presidência da Câmara no início do mês passado. Primeiro político a virar réu no âmbito da
operação Lava Jato, Cunha é acusado de ter recebido, ao menos, 5 milhões de dólares de pagamentos em propina para facilitar dois contratos entre o estaleiro Samsung e a Diretoria Internacional da
Petrobras. Nesta terça-feira (7), o Conselho de Ética da Câmara deve finalmente votar parecer que sugere a cassação do mandato do peemedebista em um processo que já se estende por mais de sete meses. Ele é acusado de mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ao afirmar, em depoimento, não ter contas no exterior em seu nome. Se aprovado, o relatório será encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deve avaliar os recursos que questionam os procedimentos adotados pelo Conselho de Ética. Caso o colegiado rejeite todos recursos, o processo segue para o plenário da Câmara, que decide pela cassação ou manutenção do mandato do peemedebista. A habilidade do deputado afastado para orquestrar manobras com o intuito de salvar o próprio mandato tira as esperanças, contudo, de quem quer vê-lo longe do poder. Em
entrevista exclusiva a EXAME.com nesta segunda, o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou que afastamento de Cunha não foi suficiente para impedir que ele atrapalhasse os trabalhos do colegiado. "Ele continua frequentando a Câmara, telefonando para os deputados, a influência dele está no ar", disse Araújo.
Uma classe em xeque A percepção negativa do brasileiro sobre Cunha não é um caso isolado. Segundo o relatório, 78% dos entrevistados afirmaram que não confiam nos políticos em geral. As Forças Armadas, em contrapartida, ganharam um voto de confiança de 41% dos participantes da pesquisa. Não por acaso, o
maior temor dos brasileiros para este período de transição de governos é de que tudo continue do mesmo jeito no cenário político. O levantamento foi realizado entre realizado entre os dias 29 de abril e 14 de maio com 1,2 mil pessoas de 72 cidades. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. A pesquisa pediu para os entrevistados avaliarem a atuação de 29 políticos e personalidades. EXAME.com selecionou aqueles cuja taxa de resultado em que o entrevistado disse que não sabia responder foi menor que 30%. Veja quem são eles.
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2. Eduardo Cunha (PMDB), presidente afastado da Câmara dos Deputados
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2/15 (Ueslei Marcelino/Reuters)
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3. Fernando Collor de Mello (PTB-AL), senador
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3/15 (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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4. Renan Calheiros (PMDB-CE), presidente do Senado
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4/15 (Marcos Oliveira/Agência Senado)
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5. Dilma Rousseff (PT), presidente afastada*
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5/15 (Ueslei Marcelino / Reuters)
* A pesquisa perguntou se a gestão da petista era péssima, ruim, regular, ótima ou boa
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6. Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República
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6/15 (Adriano Machado/Reuters)
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7. Michel Temer (PMDB), presidente em exercício
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7/15 (Ueslei Marcelino/Reuters)
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8. Aécio Neves (PSDB-MG), senador
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8/15 (Carlos Becerra / AFP)
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9. Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo
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9/15 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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10. Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ex-presidente da República
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10/15 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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11. José Serra (PSDB), ministro das Relações Exteriores
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11/15 (Reuters/Ueslei Marcelino)
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12. Marina Silva (Rede-AC), ex-candidata à presidência da República
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12/15 (Vagner Campos/MSILVA Online)
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13. Sergio Moro, juiz federal da 13ª Vara de Curitiba (PR) responsável pelas ações penais da Lava Jato em 1ª instância
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13/15 (Reuters)
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14. Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF
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14/15 (Nelson Jr./SCO/STF)
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15. Veja agora:
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15/15 (Ueslei Marcelino / Reuters)