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Terra indígena próxima à Belo Monte é invadida por madeireiros

Situação atual é tensa e há riscos de conflitos entre os invasores e os indígenas que vivem na região próxima à rodovia Transamazônica

Pará: grupo de madeireiros avançou nesta quinta-feira, 3, sobre a terra indígena Arara (Lunae Parracho/Reuters)

Pará: grupo de madeireiros avançou nesta quinta-feira, 3, sobre a terra indígena Arara (Lunae Parracho/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de janeiro de 2019 às 20h54.

Última atualização em 4 de janeiro de 2019 às 10h55.

Brasília - Um grupo de madeireiros avançou nesta quinta-feira (3) sobre a terra indígena Arara, localizada nos municípios de Uruará e Medicilândia, no Pará. A situação atual é tensa e há riscos de conflitos entre os invasores e os indígenas que vivem na região próxima à rodovia Transamazônica, a BR-230.

A invasão foi confirmada à reportagem pela diretora de proteção territorial da Fundação Nacional do Índio (Funai), Azelene Inácio. "Estamos acompanhando a situação. Uma equipe de servidores locais da Funai já foi deslocada para a área", disse.

Uruará e Medicilândia são municípios paraenses vizinhos a Altamira, onde está em construção a hidrelétrica de Belo Monte. Nos últimos anos, a região tem sido alvo constante de invasões por madeireiros e grileiros, por conta do grande volume de madeiras nobres que a área ainda possui.

As terras indígenas são, atualmente, os principais alvos dos invasores por serem aquelas que detêm as florestas mais preservadas.

Em março de 2017, uma operação conjunta da Funai, Ibama e Polícia Federal foi realizada na região, por causa de tentativas de loteamento de uma área próxima à Transamazônica.

O loteamento foi abandonado. A terra indígena Arara teve seus limites homologados por meio um decreto publicado em dezembro de 1991, pelo então presidente Fernando Collor. Sua área total é de 274 mil hectares.

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