Usina de Jirau: mais de 20 mil trabalhadores das usinas entraram em greve no dia 2 deste mês, após rejeitarem proposta de reajuste salarial de 10 % e aumento de cerca de 15 % no valor da cesta básica. (Fernanda Preto/Veja)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2013 às 16h56.
São Paulo - Os trabalhadores das obras das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, retomaram as atividades nesta sexta-feira, após aceitarem a proposta de reajuste salarial de 11 % em assembleias realizadas na manhã, informaram o sindicato e os consórcios construtores.
Mais de 20 mil trabalhadores das usinas entraram em greve no dia 2 deste mês, após rejeitarem proposta de reajuste salarial de 10 % e aumento de cerca de 15 % no valor da cesta básica.
As duas usinas estão entre os principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Santo Antônio terá potência total de 3.150 megawatts (MW) e Jirau, de 3.750 MW quando estiverem concluídas. A hidrelétrica Santo Antônio já está operando com 852,5 MW de capacidade instalada. Jirau tem entrada em operação prevista para este ano.
Os consórcios construtores das usinas e os trabalhadores concordaram com um reajuste salarial de 11 % e aumento no valor da cesta básica de 270 reais para 350 reais, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia (Sticcero), Raimundo Soares da Costa. Os dias em que os trabalhadores ficaram parados também não serão descontados, segundo ele.
Os funcionários cobravam em pauta unificada reajuste de 18 %.
A empresa Santo Antônio Energia é responsável pela hidrelétrica Santo Antônio, e tem entre os acionistas as Furnas, do grupo Eletrobras, Caixa Fip Amazônia Energia, Odebrecht Energia, Andrade Gutierrez e Cemig.
A usina de Jirau é tocada pela Energia Sustentável do Brasil, formada por GDF Suez, Eletrosul e Chesf.