Wilson Witzel: além do governador do RJ, caso também despertou comentários do presidente Jair Bolsonaro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de julho de 2019 às 09h06.
Última atualização em 30 de julho de 2019 às 09h13.
São Paulo — A Secretaria de Estado de Polícia Militar abriu sindicância para apurar a conduta dos PMs que atenderam à ocorrência em que um morador de rua esfaqueou três pessoas, deixando dois mortos na Lagoa, na zona sul, no último domingo. Outras três pessoas que tentavam socorrer as vítimas foram feridas por tiros.
O caso motivou reações do presidente Jair Bolsonaro e do governador Wilson Witzel (PSC). "Não tinha ninguém armado para dar um tiro nele. É impressionante", disse nesta segunda-feira (29), o presidente. Já Witzel afirmou que, se fosse policial, teria atirado "na cabeça" do agressor.
Era por volta de meio-dia, quando o morador de rua Plácido Correa de Moura, de 44 anos, atacou a facadas o engenheiro João Carvalho Napoli, de 35 anos, que estava em um carro, parado no sinal, acompanhado da namorada, a bióloga Caroline Azevedo Moutinho, de 29 anos, que também foi ferida. Napoli acabou morrendo e Caroline está internada.
O educador físico Marcelo Henrique Correa Reais, de 39 anos, que foi ajudar o casal, também foi atacado a facadas e morto. Quando isso aconteceu, no entanto, já havia policiais militares de três diferentes batalhões no local. Segundo informações da própria corporação, PMs do 23.º BPM (Leblon), do 19.º BPM (Copacabana) e também do BPTur participaram da ação.
Segundo o depoimento à Corregedoria, "houve a utilização do taser (eletrochoque), porém não sendo eficaz para neutralizar a ação do agressor". Depois, o agressor foi "atingido por dois disparos nas pernas". Além dele, foram feridos por tiros a técnica de enfermagem dos Bombeiros Girlane Sena - no joelho -, o médico da corporação Fábio Raia (estilhaços) e um PM - cujo caso não foi detalhado.