Fortaleza, capital do Ceará: comércio e serviços públicos fechados (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2012 às 16h55.
Brasília – A tensão e a apreensão tomaram conta hoje das principais cidades do Ceará. Com policiais e bombeiros em greve desde o último dia 29, escolas, postos de saúde e comércio fecharam as portas com medo da insegurança. Porém, o comando de greve dos policiais e bombeiros militares do Ceará decidiu, em assembleia, colocar 30 viaturas à disposição do Exército.
De acordo com o comando de greve, o objetivo é garantir a segurança da população do estado. A informação foi divulgada no site da Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará (Acsmce), segundo a qual essa iniciativa foi tomada por causa “da preocupação para com a sociedade diante da paralisação”.
Desde o início do movimento grevista há cinco dias, os policiais estão retendo viaturas militares, o que impede a realização de rondas e piora a situação de insegurança. Em várias cidades, os estabelecimentos comerciais estão fechados devido ao temor de arrastões, assim como órgãos públicos, como o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
Segundo o movimento grevista, a cessão de viaturas para uso do Exército “fundamenta-se no respeito irrestrito” ao povo e demonstra à sociedade brasileira que a reivindicação dos militares “é pacífica, ordeira e está aguardando um diálogo com o governo estadual”.