Ex-presidente Lula em seminário do El País em Porto Alegre (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2014 às 22h02.
Porto Alegre - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite desta sexta-feira, 6, em um evento do PT na capital gaúcha, que está mais interessando na disputa eleitoral deste ano do que na campanha que o elegeu pela primeira vez à Presidência, em 2002.
"O que está em jogo não é a candidatura da Dilma ou do Tarso. Nome a gente troca a qualquer momento. O mais importante é que temos dois projetos em disputa", afirmou.
Segundo ele, enquanto o PT tem um compromisso com a inserção de 2 milhões de pessoas na economia, com a integração latino-americana e com o fortalecimento da relação com África, o outro projeto é representado por aqueles que detêm o complexo de vira-lata, que acham que tudo o que é bom vem dos Estados Unidos e da Europa. "Eles (a oposição) se perguntam como é que durante 11 anos os trabalhadores receberam aumento de salário acima da inflação e o País não quebrou", disse. "É que na universidade eles aprenderam tudo, menos a cuidar do povo pobre desse País."
Lula fez um chamamento para que a militância levante a cabeça. "Tem muita gente nossa de cabeça baixa", comentou. Lula disse que muitas pessoas não têm conhecimento das conquistas do PT e chegou a sugerir que o partido prepare uma cartilha para os jovens que vão às ruas para pedir melhorias na saúde e na educação.
Ele afirmou que o partido tem instrumentos e argumentos para reeleger a presidente Dilma Rousseff e o governador Tarso Genro. "Temos instrumentos e argumentos, coisa que eles (PSDB) não têm", disse. "A única coisa que eles falam é em inovar e em choque de gestão. E toda vez que um tucano fala em choque de gestão, já sei que o trabalhador vai entrar pelo cano, porque significa cortar emprego e salário."
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula participam em Porto Alegre de evento organizado pelo PT gaúcho para lançar a chapa com a pré-candidatura de Tarso Genro à reeleição para o governo do Estado e do ex-governador Olívio Dutra ao Senado, ao lado dos aliados PC do B, PTB, PR, PROS, PTL e PTC.