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Temer vai exonerar ministros para votarem reforma da Previdência

A exoneração deve ocorrer dias antes da votação no plenário da Casa, prevista para a segunda semana de maio

Michel Temer: os ministros deixarão temporariamente seus cargos para voltarem à Câmara e votar pela reforma (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: os ministros deixarão temporariamente seus cargos para voltarem à Câmara e votar pela reforma (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 24 de abril de 2017 às 19h53.

O presidente Michel Temer vai exonerar todos os ministros que tiverem mandato na Câmara para poderem votar a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência.

A exoneração deve ocorrer dias antes da votação no plenário da Casa, prevista para a segunda semana de maio.

Antes, o relatório de Arthur Maia (PPS-BA) será votado na comissão especial criada para discutir o tema.

A decisão de Temer foi anunciada pelo ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, após reunião do presidente com a equipe ministerial na tarde de hoje (24), no Palácio do Planalto.

"É um reforço. É como se fosse reforçar o time em campo. Vai ficar mais reforçado ainda com a ação efetiva e presente dos ministros na Câmara dos Deputados".

Imbassahy, inclusive, será exonerado para reassumir seu mandato pelo PSDB.

O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), será outro a deixar temporariamente seu cargo para voltar à Câmara.

"O governo vai jogar todas as forças no sentido da aprovação da reforma da Previdência", disse Mendonça Filho.

Para ele, a decisão de voltar à Câmara para votar "afirma o compromisso daqueles que ocupam função nos ministérios no sentido de ajudar uma reforma decisiva para o futuro do Brasil", disse.

"É uma reforma que, sem ela, o Brasil vai afundar", completou.

Imbassahy afirmou que não deverão mais ser feitas alterações no relatório de Arthur Maia e que essa é uma posição compartilhada por governo e o próprio relator.

O presidente da comissão, Carlos Marun (PMDB-MS), fez um acordo com a oposição para que não houvesse obstrução durante a leitura do parecer e se comprometeu a fazer sessões de debate ao longo desta semana.

Segundo Marun, com a votação do relatório no colegiado no próximo dia 2, a previsão é que a leitura no plenário da Câmara ocorra no dia 8 de maio.

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