Temer: (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de outubro de 2017 às 06h59.
Última atualização em 25 de outubro de 2017 às 09h42.
Brasília - O presidente da República, Michel Temer, repetiu o ritual e foi a jantar no apartamento do vice-presidente da Câmara, deputado Fabio Ramalho (PMDB-MG), na noite anterior à votação da segunda denúncia criminal contra ele, pauta principal do plenário nesta quarta-feira.
Temer chegou depois das 22h30 ao banquete típico da cozinha mineira no apartamento funcional do deputado, na Asa Sul de Brasília.
O presidente estava sorridente e acenou ao lado de Ramalho, depois de um dia de reuniões com parlamentares da base aliada, para tentar os últimos votos contrários à acusação por organização criminosa e obstrução de Justiça.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que assim como Temer foi denunciado na mesma acusação por organização de quadrilha, disse mais uma vez que a o governo terá um "excelente desempenho" e deve atingir entre 260 e 270 votos para barrar a denúncia. Ele afirmou que confia que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concluirá a votação nesta quarta. "Sei que há artimanhas regimentais que tenderão a levar mais adiante", disse Padilha.
Segundo Ramalho, mais de cinquenta deputados já passaram no jantar, além do advogado Gustavo Guedes, que defendeu Temer em questões eleitorais.
Além de Padilha, também estão presentes os ministros Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Helder Barbalho (Integração Nacional), Torquato Jardim (Justiça) e Ricardo Barros (Saúde). Parte deles foi embora em menos de 20 minutos.