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Temer tem pressa; Lula indiciado…

Lula indiciado A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher, Marisa Letícia, e o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava-Jato. As suspeitas são de irregularidades nas negociações para compra de um terreno para a sede do Instituto Lula e também no aluguel de um apartamento vizinho ao do ex-presidente, em […]

TEMER: Continuo com minha expectativa de que o desgaste institucional será menor do que o estimado por jornalistas excitados demais com o que pode acontecer / Ueslei Marcelino/ Reuters

TEMER: Continuo com minha expectativa de que o desgaste institucional será menor do que o estimado por jornalistas excitados demais com o que pode acontecer / Ueslei Marcelino/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 05h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.

Lula indiciado

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher, Marisa Letícia, e o ex-ministro Antonio Palocci na Operação Lava-Jato. As suspeitas são de irregularidades nas negociações para compra de um terreno para a sede do Instituto Lula e também no aluguel de um apartamento vizinho ao do ex-presidente, em São Bernardo. Os dois casos, para a PF, envolvem pagamento de propina da Odebrecht para o ex-presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

3,5 mi para a Carta Capital

A Construtora Norberto Odebrecht fez dois empréstimos que totalizaram 3,5 milhões de reais, entre 2007 e 2009, para a editora Confiança, que edita a revista Carta Capital. O pedido foi feito pelo então ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a operação foi realizada pelo famoso setor de Operações Estruturadas da empreiteira – o e setor de propinas. A revelação, feita pelo jornal O Globo, é parte da delação premiada do executivo Paulo Cesena. Ele afirmou que 85% do empréstimo já foi quitado. É o primeiro veículo de comunicação incluído nas delações.

Mais rápido

O presidente Michel Temer pediu nesta segunda-feira “celeridade” ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nas investigações de fatos revelados pela delação de executivos da Odebrecht. “Requer também que as colaborações premiadas porventura existentes sejam, o quanto antes, finalizadas, remetidas ao Juízo competente para análise e eventual homologação e divulgação por completo”, diz o peemedebista, que acredita que o país não pode estar sujeito a “ilações” em momento “profundamente adverso”. O presidente é acusado pelo ex-vice-presidente de Relações Institucionais Cláudio Melo Filho de pedir 10 milhões de reais a Marcelo Odebrecht para campanhas de seu partido em 2014.

Mais delação

Enquanto isso, o jornal O Globo teve acesso a trechos da delação do ex-presidente da Odebrecht Transport Paulo Cesena. Em sua fala, o executivo menciona doações de 14 milhões de reais para Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações que concorreu ao Senado em 2014, 4 milhões de reais para o ex-ministro da Aviação Civil Moreira Franco (PMDB), hoje secretário do Programa de Parceria de Investimentos, e 4,6 milhões de reais para o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

Peguei, mas não usei

Ex-ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, o petista Jaques Wagner disse ter ganhado de aniversário um relógio da empreiteira Odebrecht quando era governador da Bahia, presente citado por Cláudio Melo Filho em sua delação premiada. “Eu achei uma cretinice dele. Se me deu de presente uma garrafa de vinho, uma gravata, um relógio ou uma cesta de Natal, eu não vou ficar perguntando ao cara quanto custou”, disse Wagner em entrevista à rádio Metrópole. “Para dizer a verdade, eu guardei e nunca usei”. O ex-ministro aparece na lista de apelidos da Odebrecht sob o codinome Polo, acusado de receber propina para tomar decisões em favor da empresa durante seu mandato no estado.

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Centrão em alerta

Parlamentares do Centrão voltaram a cobrar do presidente Michel Temer uma manifestação de que não irá interferir na eleição para presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro. Causa desconforto ao grupo a indicação de Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria de Governo. Os deputados ameaçam travar a Reforma da Previdência na CCJ. Em outra frente, um grupo do PSB passou a defender o desembarque do governo, levando o ministro Bezerra Filho (PSB-PE) a reiterar ao presidente que o partido fica.

Meirelles cobra

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mandou um recado aos banqueiros nesta segunda-feira durante um evento da Federação dos Bancos. Segundo ele, a redução da taxa básica de juro não está alcançando os efeitos esperados porque os bancos não estão repassando a queda às famílias e às empresas. Com medo do aumento da inadimplência, Meirelles disse que a diferença estaria sendo absorvida no spread bancário. A fala do ministro é uma cutucada aos bancários presentes para que reduzam as taxas de juro e ajudem a estimular o investimento e o consumo. No mesmo evento, Meirelles não deu detalhes sobre o plano de medidas microeconômicas que o governo vem prometendo. “Assim que houver decisão, o anúncio será feito imediatamente”, disse.

Novo premiê da Itália

Encarregado de assumir o cargo de premiê e formar uma nova equipe de governo na Itália, o ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, reuniu-se com o presidente Sergio Matarella para apresentar os nomes escolhidos. Cerca de 75% dos ministros do antigo governo foram mantidos no cargo. Também nesta segunda-feira o ex-premiê Matteo Renzi defendeu a realização de eleições diretas “o mais rápido possível”, antes do pleito original previsto para 2018. Renzi renunciou ao cargo no último dia 4 após a reforma constitucional defendida por ele ter sido rejeitada pela população em um referendo.

China ataca na OMC

A China abriu um processo contra os Estados Unidos e a União Europeia na Organização Mundial de Comércio (OMC) pelo fato de os países não a aceitarem como uma “economia de mercado”. Expirou no domingo 11 um acordo que permitia o tratamento diferenciado, e o argumento para a não renovação é que o governo chinês interfere na economia. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que poderá restabelecer relações com Taiwan se a China não aceitar fazer acordos com sua administração, incluindo em temas relacionados ao comércio.

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