Brasília-DF, 21/06/2011. Fachada e interior do Palácio da Alvorada. Foto. (Ichiro Guerra/Presidência/Divulgação)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 22 de outubro de 2016 às 06h00.
Última atualização em 22 de outubro de 2016 às 06h00.
Brasília – Após retornar da Ásia, o presidente Michel Temer (PMDB) estaria prestes a fechar as malas para se mudar para o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. A mudança deve acontecer até o final da próxima semana, de acordo com fontes ouvidas por EXAME.com.
O novo lar do presidente tem área total de 400 mil metros quadrados, sendo 7,3 mil metros quadrados de área construída. O Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, onde o peemedebista mora atualmente, possui área total de 190 mil metros quadrados, sendo 4.283 metros quadrados de área construída. Ambos foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, dentro da concepção urbanística proposta por Lúcio Costa para Brasília.
Inaugurado em junho de 1958, o Palácio da Alvorada – que possui três andares - foi o primeiro prédio construído em alvenaria na nova capital e está localizado em uma península que divide o lago Paranoá em Lago Sul e Lago Norte.
No subsolo, há um auditório para 30 pessoas, sala de jogos, almoxarifado, despensa, cozinha, lavanderia e a administração. No térreo, estão os salões utilizados pelo presidente da República para compromissos oficiais de governo. Já no andar superior, são quatro suítes, dois apartamentos e uma sala íntima.
Mas por que Temer não se mudou para o Alvorada imediatamente após assumir a presidência da República? Ao passar a comandar o Planalto, em agosto, o peemedebista considerou permanecer no Palácio do Jaburu por uma questão de comodidade. O motivo principal: a família já estava acostumada com aquele ambiente.
Para tentar enfraquecer a tese de que o impeachment foi motivado por um golpe, Temer foi aconselhado por aliados a se mudar para o Alvorada. “A mudança simboliza e reforça a legitimidade do governo Temer”, afirmou um interlocutor do presidente a EXAME.com.
Antes da mudança, porém, a primeira-dama Marcela Temer visitou o Alvorada e solicitou algumas alterações. A principal delas envolve a transformação de um antigo escritório da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em um quarto para o filho do casal, Michelzinho, de 7 anos. O dormitório do menino ficará na área privada, no andar superior, próximo ao dormitório presidencial.
Marcela também pediu que uma das salas fosse transformada em escritório para que ela pudesse tocar seus trabalhos como embaixadora do programa social "Criança Feliz". Mesmo tendo a opção de trabalhar no Palácio do Planalto, a primeira-dama preferiu despachar direto do Alvorada.
Além de Temer, Marcela e Michelzinho, a sogra do presidente, Norma Tedeschi, também se instalará no Alvorada.
O Palácio do Jaburu, por sua vez, é uma construção exclusivamente destinada à moradia. Projetado em 1973, o Palácio possui dois andares. No térreo, ficam as quatro suítes e a cozinha. No subsolo, estão, sala de TV, cinema particular e a garagem. Seu jardim foi projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx.
Quando se mudou para o Jaburu, Temer também pediu que adaptações fossem feitas para receber Michelzinho. Zeloso, o presidente pediu que proteções fossem instaladas nas janelas e na piscina.