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Temer reúne núcleo para discutir situação carcerária no Amazonas

De acordo com o Planalto, o encontro não foi marcado em função do massacre que matou 56 pessoas em uma penitenciária amazonense

Michel Temer: até o momento, o presidente não se pronunciou oficialmente sobre a tragédia (Beto Barata/Agência Brasil)

Michel Temer: até o momento, o presidente não se pronunciou oficialmente sobre a tragédia (Beto Barata/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 08h27.

Após a visita ao Amazonas do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para uma vistoria sobre a situação carcerária no estado, o presidente Michel Temer vai promover nesta quinta-feira (5) uma reunião com o núcleo institucional do governo, que discute, entre outros temas, questões de segurança e de defesa.

De acordo com o Palácio do Planalto, o encontro não foi marcado em função do massacre que matou 56 pessoas em uma penitenciária amazonense.

Segundo o governo, o encontro marca a retomada de reuniões de Temer com diferentes setores do governo, a exemplo dos núcleos econômico e de infraestrutura. Criado em junho do ano passado, o núcleo institucional discutiu, na época, os preparativos para os Jogos Olímpicos do Rio.

No fim da manhã desta quarta-feira (4), Moraes foi recebido pelo presidente no Palácio do Planalto, na primeira vez que os dois se reuniram pessoalmente depois que as rebeliões em Manaus foram deflagradas.

Desde domingo (1°), o ministro manteve permanente contato com Temer para atualizá-lo sobre a situação. No encontro de hoje, após se reunir com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia , o ministro da Justiça fez um relato sobre as visitas e conversas que teve na capital amazonense.

A rebelião que durou cerca de 17 horas entre domingo e segunda no Complexo Penitenciário Anísio Teixeira (Compaj) resultou na morte de 56 pessoas, no segundo maior massacre em presídios brasileiros, atrás somente de Carandiru, em 1992.

Outros quatro presos morreram na Unidade Prisional de Puraquequara, também em Manaus. O motim teve como consequência a fuga de 184 presos. Desses, 63 já foram recapturados, segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado.

Até o momento, Michel Temer não se pronunciou pessoalmente ou por meio de órgãos oficiais sobre a tragédia. Coube ao Ministério da Justiça o posicionamento do governo acerca do caso.

Participam da reunião amanhã (5) os ministros da Defesa, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, das Relações Exteriores, José Serra, da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim, além do próprio Moraes.

Também fazem parte do núcleo a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

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