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Temer: Renan é de idas e vindas, é possível que volte ao governo

A fala do presidente se deu em entrevista na noite desta quinta-feira (4), quando questionado sobre atitudes do líder do PMDB no Senado nas últimas semanas

Calheiros e Temer: o presidente evitou se posicionar sobre uma saída de Renan da posição de líder do PMDB no Senado (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Calheiros e Temer: o presidente evitou se posicionar sobre uma saída de Renan da posição de líder do PMDB no Senado (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de maio de 2017 às 06h46.

São Paulo - O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou que acredita na volta do líder do PMDB do Senado, Renan Calheiros (AL), à base de apoio ao governo, mas que compreende a situação do ex-presidente do Senado.

Nas últimas semanas, Renan tem sido um dos principais articuladores na Casa contra as propostas do Planalto.

Em entrevista à RedeTV! Concedida na terça-feira (2) e veiculada na noite desta quinta-feira (4), o presidente afirmou que o comportamento de Renan se deve às preocupações do senador em Alagoas, sua base eleitoral. "Eu compreendo isso", completou o presidente.

"O Renan é o seguinte: primeiro minhas homenagens ao trabalho dele, mas, em segundo lugar, eu quero registrar que o Renan, eu tenho dito isso com muita frequência, é de idas e vindas. Ele já foi muitas vezes e voltou. Eu estou esperando que ele volte", afirmou.

Quando perguntado se acredita que Renan voltará ao governo, Temer afirmou que "eu não descreio disso, não, eu acho que é possível que ele volte".

O presidente evitou se posicionar sobre uma saída de Renan da posição de líder do PMDB no Senado. Ele enfatizou que essa é uma decisão da bancada do partido.

Temer disse ainda que os próprios colegas de Renan não estão tranquilos com a conduta do líder. "Na verdade os senadores dizem 'poxa, mas o governo é nosso, o governo é do PMDB'."

O presidente disse ainda que as demissões no governo de afiliados políticos indicados por deputados que votaram contra a reforma trabalhista da Câmara são "um benefício moral" aos parlamentares que fizeram as indicações.

"Quem vota contra o governo, é porque não está no governo. Vamos tirar uma pessoa, no fundo nós estamos fazendo um benefício moral para o indicante", disse.

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