Michel Temer: "Não dá para fazer idade mínima e nem aquela paridade entre o serviço público e privado, mas alguma coisa pode ser feita por lei" (Marcos Corrêa/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 15h07.
Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 16h38.
Brasília - O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira, 23, que levou "até o fim" as discussões para a reforma da Previdência, mesmo sem elas terem efeito para o seu governo, e disse que a pauta não foi abandonada e voltará ao centro do debate nas eleições. "A Previdência não saiu da pauta. Saiu da pauta legislativa, mas não saiu da pauta do País", afirmou Temer em entrevista à Rádio Bandeirantes, destacando que os candidatos serão questionados na campanha sobre a Previdência.
Temer disse ainda que será indispensável que a reforma aconteça no futuro e destacou que algumas mudanças na Previdência podem ser feitas por lei. "Não dá para fazer idade mínima e nem aquela paridade entre o serviço público e privado, mas alguma coisa pode ser feita por lei", afirmou.
Temer admitiu que "estava havendo de fato dificuldades para a votação" e que teve que "pesar os valores" e então o governo optou por decretar a intervenção na segurança do Rio. Com o decreto de intervenção, ficou proibido pela Constituição que o Congresso faça mudanças constitucionais, como seria o caso da reforma da Previdência.
Para o presidente, é "improvável" encerrar a intervenção e votar a Previdência ainda este ano, mas o tema voltará obrigatoriamente às discussões. "As pessoas hoje sabem que é indispensável a reforma da Previdência", opinou.