Brasil

Temer recebe amigo investigado na Lava Jato

João Baptista Lima Filho, dono da Argeplan Arquitetura, já foi assessor do presidente

Michel Temer: assessoria informou que o assunto do encontro é particular (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: assessoria informou que o assunto do encontro é particular (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2017 às 13h35.

Brasília - O presidente Michel Temer recebeu em sua casa em São Paulo, na noite de sábado, dia 16, João Baptista Lima Filho, dono da Argeplan Arquitetura e Engenharia, empresa que faz parte de um consórcio que ganhou concorrência para executar serviços relacionados à usina de Angra 3, diz o jornal O Estado de S. Paulo. O contrato é alvo de investigações da Lava Jato.

A empresa finlandesa AF foi a vencedora de um contrato de R$ 162 milhões na Eletronuclear e, por exigência brasileira, subcontratou duas empresas locais: a Engevix e a AF Brasil - da qual a Argeplan faz parte. Lima era gestor do contrato com a Eletronuclear, pela parte da Argeplan.

O contrato foi assinado em 2012 para serviços de eletromecânica. O jornal revelou, em maio de 2016, que a Lava Jato investiga se houve negociação de propina.

Lima já foi assessor de Temer. O encontro não consta em agenda oficial. De acordo com a assessoria do presidente, o assunto da reunião é privado.

O empresário foi citado na tentativa de delação do sócio da Engevix, José Antunes Sobrinho Filho, como alguém que se apresentava como um interlocutor do então vice-presidente da República. O caso foi revelado pela revista "Época", há um ano.

As irregularidades envolvendo as obras da usina foram delatadas por executivos da UTC, da Andrade Gutierrez, da Camargo Corrêa e, recentemente, da Odebrecht. Procurado, Lima não se manifestou.

Acompanhe tudo sobre:Michel TemerOperação Lava Jato

Mais de Brasil

Qual o valor da multa por dirigir embriagado?

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha