Michel Temer: no plano regional, Temer alertou sobre a crise política, econômica e social na Venezuela (Kenzaburo Fukuhara/Pool/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de setembro de 2017 às 10h31.
Xiamen - O presidente Michel Temer defendeu nesta segunda-feira, na cúpula de potências emergentes Brics, a criação de um Fórum de Inteligência através do qual os cinco países membros do bloco possam intensificar o combate contra o terrorismo.
Este mecanismo, ao qual os outros países-membros apoiaram na declaração final após a cúpula, "seria uma contribuição adicional para os nossos esforços de prevenção de atos terroristas", apontou o governante sul-americano em declarações reproduzidas por um comunicado de Presidência.
Temer aproveitou seu discurso para condenar o recente teste atômico da Coreia do Norte, destacou a participação do Brasil no Tratado para a Proibição Total das Armas Nucleares que tomará forma no próximo mês e assegurou que "o desarmamento nuclear é a garantia mais eficaz contra a proliferação".
O presidente brasileiro defendeu uma mudança na composição do Conselho de Segurança nas Nações Unidas para legitimar melhor as decisões em matéria de segurança internacional, outro ponto no qual China e Rússia, membros permanentes desse conselho, deram apoio expresso na declaração final após a cúpula.
No plano regional, Temer alertou sobre a crise política, econômica e social na Venezuela, e defendeu uma solução pacífica para esse país, que não viole sua soberania.
Dentro do espaço Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, Temer defendeu reduzir a burocracia no comércio exterior mútuo, avaliou o potencial do banco criado pelos cinco países (Novo Banco de Desenvolvimento) e encorajou a construção de infraestruturas que os unam melhor.
"Necessitamos simplificar os procedimentos de exportação e importação, e dar mais agilidade aos trâmites governamentais", sublinhou o presidente do Brasil em seu discurso perante os presidentes da China, Xi Jinping; Rússia, Vladimir Putin; África do Sul, Jacob Zuma, e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.