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Temer pede "mapa das traições" na votação da denúncia na Câmara

O presidente conseguiu barrar a denúncia da PGR com 263 votos, mas previsões de integrantes da base aliada apontavam que esse número poderia chegar a 300

Michel Temer: os responsáveis pelo levantamento serão Aguinaldo Ribeiro e Beto Mansur (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: os responsáveis pelo levantamento serão Aguinaldo Ribeiro e Beto Mansur (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 19h08.

Brasília - O presidente Michel Temer escalou aliados para mapear os deputados que traíram o governo durante a votação da denúncia na Câmara nesta quarta-feira, 2.

Temer conseguiu barrar a denúncia com 263 votos, mas previsões de integrantes da base aliada apontavam que esse número poderia chegar a 300 deputados.

Os responsáveis por fazer esse levantamento serão o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o vice-líder Beto Mansur (PRB-SP).

A ideia é que eles procurem conversar com os deputados que prometeram que votariam com o governo, mas que, na hora de declarar a posição no plenário, mudaram de ideia.

Entre as traições inesperadas estão, por exemplo, Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que faz parte da bancada ruralista, e do cantor Sérgio Reis (PRB-SP), que estava sendo pressionado pela legenda a votar com o governo.

Os líderes também vão buscar descobrir o motivo de cada um dos 16 deputados que se ausentaram do plenário e não participaram da votação.

Há nomes que eles já sabem o porquê, como o do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que ainda está magoado com o governo depois de ter sido demitido do Ministério da Justiça.

Segundo Beto Mansur, a ideia não é fazer uma "caça às bruxas", mas ter uma noção real do tamanho da base aliada após a votação.

"Nós vamos fazer uma análise, não é uma caça às bruxas de jeito nenhum, até porque não é minha função fazer isso. Vamos fazer um levantamento para saber o tamanho da base e nos prepararmos para votações futuras", disse.

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