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Temer não responde; Loures se cala…

Temer não responde às perguntas O presidente Michel Temer (PMDB) decidiu não responder às 82 perguntas feitas pela Polícia Federal (PF) no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, obstrução de Justiça e pertencimento a organização criminosa. O prazo dado pelo ministro Edson Fachin terminaria hoje. Entre as razões apontadas pelo […]

MICHEL TEMER: presidente não respondeu às perguntas enviadas pela Polícia Federal / Ueslei Marcelino/ Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

MICHEL TEMER: presidente não respondeu às perguntas enviadas pela Polícia Federal / Ueslei Marcelino/ Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2017 às 18h43.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h51.

Temer não responde às perguntas

O presidente Michel Temer (PMDB) decidiu não responder às 82 perguntas feitas pela Polícia Federal (PF) no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, obstrução de Justiça e pertencimento a organização criminosa. O prazo dado pelo ministro Edson Fachin terminaria hoje. Entre as razões apontadas pelo presidente, está a de que a PF extrapolou o objeto da ação para fazer perguntas de caráter pessoal e outras com o objetivo de comprometê-lo. “Cumpre inicialmente ponderar que, houvesse Vossa Excelência [Fachin] sido o autor dos questionamentos feitos por escrito ou em colheita de depoimento oral, teria havido, com certeza, uma adequada limitação das perguntas ao objeto das investigações. Indagações de natureza pessoal e opinativa, assim como outras referentes aos relacionamentos entre terceiras pessoas ou aquelas que partem de hipóteses ou de suposições e dizem respeito a eventos futuros e incertos, não teriam sido formuladas. No entanto, foram feitas e demonstram que a autoridade, mais do que preocupada em esclarecer a verdade dos fatos, desejou comprometer o sr. presidente da República com questionamentos por si só denotadores da falta de isenção e de imparcialidade por parte dos investigadores”, afirma o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira.

Para ganhar tempo

Com isso, fica confirmada a tese de que o presidente pediu para adiar o prazo inicial que tinha para responder às perguntas — até a última quarta-feira — para ganhar tempo. Não queria que o fato de se negar a responder ou alguma resposta inadequada pudessem vir a pesar na avaliação feita pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante a semana, Temer vinha sendo aconselhado por ministros a responder aos questionamentos, mas, como se vê agora, não deu ouvidos.

Filho barrado

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Napoleão Nunes Maia Filho ausentou-se da sessão desta sexta-feira por alguns minutos para acudir o filho, que foi proibido de entrar no plenário por não estar com a vestimenta adequada — ele trajava calça jeans e camiseta polo, enquanto os tribunais superiores definem como norma o uso de paletó e gravata. Ele foi retirado pela segurança do salão que dá acesso ao auditório onde acontece a audiência. O ministro saiu do plenário para encontrar o filho na entrada privativa. A informação foi confirmada pela a assessoria do TSE. Napoleão esclareceu que seu filho foi ao plenário tentar entregar-lhe um envelope com fotos de sua neta, que faz aniversário hoje. O ministro é conhecido por não ser adepto de tecnologias, por isso as fotos estariam impressas.

Loures se cala

Em seu primeiro depoimento à Polícia Federal, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-deputado e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, optou por exercer seu direito de não se incriminar e permaneceu em silêncio. O “homem da mala”, como ficou conhecido depois de ser flagrado recebendo 500.000 reais de um executivo da JBS em um restaurante, foi questionado pelos investigadores nesta sexta-feira, como parte do inquérito da Operação Patmos, que mira ele e o presidente. O ex-parlamentar está preso desde o dia 3 de junho, quando o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Existe grande expectativa a respeito de uma possível delação premiada de Rocha Loures, que poderia comprometer Temer.

Marina Silva tem alta

A ex-ministra e ex-senadora Marina Silva (Rede) recebeu alta nesta sexta-feira do Hospital Brasília, na capital federal, após uma semana internada em decorrência de “fortes dores abdominais”, segundo comunicado de sua assessoria. Apesar da alta, o diagnóstico ainda não foi concluído — os médicos aguardam resultados de exames laboratoriais e de imagem.

JBS é alvo de ação da PF

Três semanas após a homologação da delação premiada que empareda o governo Michel Temer, as empresas da família de Joesley Batista foram alvo, na manhã desta sexta-feira, de uma operação da Polícia Federal que investiga ganhos que o grupo teve no mercado com informações privilegiadas sobre a colaboração firmada com a Procuradoria-Geral da República. A ação foi deflagrada pouco depois das 10 horas da manhã. Os agentes foram à sede da JBS e também da FB Participações, outra empresa controlada pela família. Os investigadores apuram se os controladores do conglomerado obtiveram lucros com a compra de dólares e com a venda de ações do grupo às vésperas de virem a público informações sobre a delação premiada. Estima-se que apenas com operações de câmbio o grupo tenha lucrado mais de 600 milhões de reais horas antes do vazamento das primeiras informações sobre a delação premiada. A ação foi coordenada entre a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a PF.

Doria omite dados de acidentes

De acordo com um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo, a gestão do tucano João Doria omite dados no balanço de boletins de ocorrência de acidentes nas marginais Tietê e Pinheiros. O balanço da prefeitura conta apenas com um terço dos feridos que são computados pela Polícia Militar de São Paulo. De acordo com a PM, de fevereiro a abril, foram 396 acidentes com vítimas nas marginais, enquanto a prefeitura apontou apenas 113. Dessa forma, nos números da prefeitura, aconteceram 25 acidentes menos do que no mesmo período do ano passado. Pelo balanço da PM, foram 250 a mais.

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