Presidente Michel Temer durante coletiva no Palácio do Planalto (27-11-16) (Beto Barata/Agência Brasil)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 19h13.
Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às 21h28.
Brasília - O presidente Michel Temer (PMDB) não comparecerá ao velório coletivo das vítimas do desastre aéreo que matou jogadores e dirigentes da Chapecoense por questões de segurança, afirmou o deputado federal Darcísio Perondi (PMDB-RS) a EXAME.com.
Segundo o peemedebista, "não haveria tempo hábil para organizar a estrutura de segurança necessária para a cidade receber o presidente da República".
Rumores apontam que o presidente não iria ao velório por medo de vaias. Perondi, que é um dos homens fortes do governo Temer no Congresso, negou que essa seja a motivação para a ausência do peemedebista.
Em nota, a assessoria de imprensa de Temer informou que o presidente participará, na manhã deste sábado, no aeroporto de Chapecó, da Cerimônia de Honras Fúnebres em homenagem às vítimas do acidente com o avião que transportava a delegação do Chapecoense e jornalistas para a Colômbia, onde o time participaria da final da Copa Sul-Americana.
"Durante a cerimônia, o Presidente da República vai entregar às famílias a Medalha da Ordem do Mérito Desportivo como reconhecimento do governo federal e do povo brasileiro pelos serviços prestados ao País por todos os que estavam naquele voo", informou a assessoria da Presidência.
Segundo Perondi disse que "Temer permanecerá em Chapecó por cerca de três horas". De acordo com o parlamentar, que acompanhará o presidente na viagem, também participarão da cerimônia o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB), e o embaixador do Brasil na Colômbia, Júlio Bitelli.
“Falaram que eu vou ter que sair daqui e ir até o aeroporto dar um abraço no Temer. Acho isso uma falta de respeito com as famílias. Se ele quiser, que venha aqui. Isso é tão desrespeitoso que eu até acho que é mentira (a vinda do Temer)”, criticou.
A assessoria do Palácio do Planalto informou que não procede a informação de que os familiares teriam sido obrigados a irem ao encontro de Temer. "O porta-voz Alexandre Parola ligou para o pai do jogador e desfez o mal entendido. A intenção do presidente é prestar solidariedade nesse momento difícil".