Presidente Dilma participa da convenção do PMDB com o vice-presidente, Michel Temer (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2014 às 18h36.
Brasília - A campanha publicitária divulgada nesta segunda-feira, 28, por Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo paulista, rechaçando a possibilidade de apoio à presidente Dilma Rousseff em São Paulo, provocou grande mal estar no Palácio do Planalto e aborreceu bastante o vice-presidente Michel Temer.
Presidente nacional do PMDB e padrinho da candidatura de Skaf ao governo, Temer ligou para Skaf assim que soube da campanha e avisou ao aliado. "O PMDB paulista estará com Dilma e comigo na campanha nacional".
A enquadrada de Temer em Skaf inclui uma reunião da Comissão Executiva Estadual do partido, convocada às pressas, que deverá divulgar uma nota oficial confirmando a disposição do PMDB de São Paulo de abrir seu palanque local para a campanha de Dilma.
Adversário direto do petista Alexandre Padilha na disputa pelo governo de São Paulo, Skaf tem rechaçado a possibilidade de abrir seu palanque para Dilma por conta do elevado índice de rejeição da presidente no Estado.
Com esse gesto, espera angariar a simpatia dos eleitores e se aproximar do líder nas pesquisas em São Paulo, o governador tucano Geraldo Alckmin.
O problema é que a campanha publicitária usada por Skaf foi considerada extremamente inconveniente no Planalto, com o risco de aumentar o desgaste da imagem da presidente entre os eleitores locais.
Nas redes sociais, foi postado um vídeo onde Skaf aparece sentado num trem e é perguntado pelo celular sobre um possível apoio ao PT.
A resposta foi extremamente provocativa. Usando o bordão do Cumpadre Washington, do conjunto É o Tchan, surge uma resposta na tela dizendo "sabe de nada, inocente".
Para integrantes do PMDB paulista, Skaf acabou criando uma crise política na própria campanha, prejudicando seu próprio desempenho.