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Temer excluirá corrupção do indulto de Natal, afirma Jungmann

Segundo o ministro da Segurança Pública, o indulto também excluirá crimes contra a administração pública e crimes sexuais contra crianças

Governo Temer: o decreto será assinado até sexta-feira, dia 28 (Fatima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo/Reprodução)

Governo Temer: o decreto será assinado até sexta-feira, dia 28 (Fatima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 11h03.

Última atualização em 27 de dezembro de 2018 às 11h13.

Brasília - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, confirmou que o presidente Michel Temer excluirá crimes de corrupção do indulto natalino deste ano, conforme antecipou a Coluna do Estadão. Segundo o ministro, o decreto será assinado até sexta-feira, dia 28. A decisão foi acertada na noite de quarta-feira, 26, durante reunião no Palácio do Planalto.

Jungmann afirmou ainda que o texto deixará de fora crimes contra a administração pública e crimes sexuais contra crianças. "Precisa cumprir requisitos de tempo de pena cumprida e bom comportamento. Os requisitos são bem rigorosos se comparados aos anteriores", disse ele ao Estadão/Broadcast.

Nesta semana, Temer mudou de ideia e decidiu que vai conceder o benefício a presidiários mesmo sem o Supremo Tribunal Federal ter concluído julgamento sobre o decreto do ano passado, contestado pela Procuradoria-Geral da República.

Temer vai acatar pedido feito pelo defensor público-geral federal em exercício, Jair Soares Júnior. Ele solicitou que o decreto seja editado para este ano, alegando que o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo. "A Defensoria Pública da União entende que a não edição do decreto de indulto agravará sobremaneira o estado de coisas inconstitucionais vivenciado no sistema carcerário."

Mais cedo, o ministro do Supremo Marco Aurélio Mello afirmou que o instrumento é tradicional no País. "O indulto é uma tradição no Brasil e eu não sei por que nós não concluímos o julgamento da Adin (ação direta de inconstitucionalidade) que impugnou o anterior, de 2017. Agora precisamos pensar nas verdadeiras panelas de pressão que são as penitenciárias brasileiras", disse Marco Aurélio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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