Evo Morales viria ao Brasil no último dia 30 de outubro, mas a visita foi adiada por conta da cirurgia urológica de Temer (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2017 às 06h35.
Última atualização em 5 de dezembro de 2017 às 07h12.
O presidente Michel Temer faz uma pausa na programação da atribulada agenda política para uma visita. Às 11 horas, o peemedebista recebe o presidente boliviano Evo Morales no Palácio do Planalto.
Na pauta do encontro bilateral estão conversas sobre prevenção ao crime organizado nas fronteiras da América do Sul, esportes e energia.
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Entre os projetos entre os países, também haverá debate sobre a criação do Corredor Ferroviário Bioceânico, ligando os portos de Santos, no Oceano Atlântico, ao de Ilo, no Pacífico e integrando Brasil, Bolívia e Peru.
Boa parte do encontro também se dará para acertar ponteiros no comércio e investimentos. Morales foi um chefes de Estado da América Latina que se manifestaram de forma contrária ao impeachment de Dilma Rousseff, junto, por exemplo, do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
O Brasil, contudo, é o principal alvo das exportações bolivianas, atingindo cifras da ordem de 2,8 bilhões de dólares no último ano, ou cerca de 19% do total. A Bolívia está interessada, principalmente, em vender excedentes de gás natural à Petrobras.
Morales viria ao Brasil no último dia 30 de outubro, mas a visita foi adiada por conta da cirurgia urológica de Temer. No mês seguinte, a visita coincidiu com a angioplastia pela qual foi submetido o presidente, ocasião em que o peemedebista desobstruiu três artérias no dia 24 de novembro e precisou de alguns dias de descanso.
À tarde, a vida volta à rotina. Está prevista reunião com Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, e com Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho.
No cardápio, os resultados da produção industrial, que serão divulgados nesta terça-feira pelo IBGE, e, claro, a reforma da Previdência. Meirelles, principal embaixador da reforma no governo, criou um problema com o PSDB, maior partido da base aliada, ao afirmar, ontem, que os tucanos não estão comprometidos com a reforma.
De quebra, voltou a se colocar como possível candidato em 2018. Alberto Goldman, presidente interino do PSDB, disse que Meirelles “falou mais do que devia”.
Em meio às polêmicas, o governo ainda conta nos dedos os apoios possíveis para atingir os 308 votos necessários para passar a PEC que muda as aposentadorias.
Um bom resultado na atividade econômica deve guiar a estratégia de convencimento para os próximos dias.