Michel Temer foi homenageado pelos 30 anos da primeira delegacia da mulher no Estado (José Cruz/ Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2015 às 19h00.
São Paulo - Em meio à crise política e no dia em que foi divulgada pesquisa que mostrou o pior índice de popularidade de um presidente da República desde os anos 1990, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) recebeu na tarde desta quinta-feira, 06, uma homenagem no Palácio dos Bandeirantes, ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), além de outros quadros tucanos e peemedebistas.
Michel Temer ouviu deferências. Foi chamado de "professor" e de "grande homem" por Alckmin e de "humanista com sensibilidade" pelo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB).
Capez disse ainda que Temer é "o pacificador, o conciliador, o homem da harmonia, o homem da condução serena dos destinos".
Por seu correligionário e também pelo secretário de Segurança Pública paulista, Alexandre de Moraes, foi chamado de "agregador que o país precisa nesse momento difícil".
As deferências recebidas do governo tucano acontecem um dia depois de Temer ter feito um apelo emocionado pela governabilidade aos parlamentares do Congresso Nacional - em uma tentativa frustrada de conter votações da chamada pauta bomba.
A fala desta quarta-feira de Temer também irritou petistas.
Ele disse que o país passa por grave crise e precisa de "alguém que tenha capacidade de reunificar o país", levantando suspeitas de que poderia estar se colocando como possível sucessor em caso de afastamento da presidente.
Temer foi homenageado pelos 30 anos da primeira delegacia da mulher no Estado. O peemedebista era secretário de segurança do então governador Franco Montoro (PSDB) quando da inauguração da DPM.
No seu discurso, após ser homenageado, Temer falou dos seus tempos de secretário e elogiou Montoro.
Pesquisa Datafolha mostrou nesta quinta-feira que o governo da petista Dilma Rousseff é considerado ruim ou péssimo por 71% dos brasileiros.
É o pior índice de popularidade desde o início do levantamento em 1990. Segundo o levantamento, apenas 8% consideram o governo Dilma ótimo ou bom.