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Temer e Cunha são a chapa do golpe, diz Lindbergh Farias

O senador chamou de "chapa do golpe" uma possível composição de governo formada pelo vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha


	O senador Lindbergh Farias (PT-RJ): "se o Temer assumir, o Eduardo Cunha vira o segundo da linha sucessória. Na verdade, há uma chapa do golpe aqui"
 (Antônio Cruz/ABr)

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ): "se o Temer assumir, o Eduardo Cunha vira o segundo da linha sucessória. Na verdade, há uma chapa do golpe aqui" (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 18h32.

Brasília - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que a população está espantada com a possibilidade de que o PMDB conduza o País e chamou de "chapa do golpe" uma possível composição de governo formada pelo vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Se o Temer assumir, o Eduardo Cunha vira o segundo da linha sucessória. Na verdade, há uma chapa do golpe aqui. A chapa do golpe é Temer e Eduardo Cunha", disse o senador em discurso em plenário.

Segundo ele, a população está ciente de que, em caso de impeachment, quem assume o governo é Michel Temer, mas que o vice não tem empatia junto à população. "Quando fazem pesquisas sobre eleição, ele aparece com 1%. O povo não quer Michel Temer." Para o senador, as pessoas que foram às ruas pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff são contrárias ao PMDB e não aceitam que o partido se beneficie das manifestações para alcançar o governo.

O petista condenou a iniciativa do vice-presidente de começar a montar um novo governo e negociar cargos em troca de apoio. Quando confrontado sobre o fato de o governo fazer o mesmo, Lindbergh rebateu e afirmou que a negociação para ter maioria em plenário faz parte da política. "Qualquer governo democrático no mundo precisa alcançar a maioria no Parlamento, senão não governa", disse.

Lindbergh previu ainda que a negociação de cargos e o anúncio da reforma ministerial precisa ser concluído ainda nesta semana. "Faltam 15 dias para a votação do impeachment. A reforma ministerial precisa ser concluída nesta semana, senão será muito tarde.".

O líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), também criticou o vice-presidente. "Se Cunha assumisse, seria uma noite de terror", afirmou.

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