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Temer é chefe de organização criminosa, diz Joesley à revista

Em entrevista exclusiva à Revista Época, que chega às bancas amanhã, dia 17, Joesley Batista detalha como se tornou o maior comprador de políticos do Brasil

Michel Temer: empresário faz várias ataques ao presidente em entrevista à Época (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: empresário faz várias ataques ao presidente em entrevista à Época (Ueslei Marcelino/Reuters)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 16 de junho de 2017 às 23h16.

Última atualização em 16 de junho de 2017 às 23h48.

São Paulo - De volta ao Brasil, o empresário Joesley Batista deu uma entrevista exclusiva à Revista Época, na edição que chega às bancas amanhã, dia 17,  em que detalha como se tornou o maior comprador de políticos do país.

Além de ataques a Michel Temer, ele conta como funcionava a estreita relação do presidente com Eduardo Cunha e não poupa informações sobre esquemas de corrupção no PT e PSDB.

"O Temer é o chefe da Orcrim (organização criminosa) da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto", afirmou ele à Época. 

Em um dos trechos da entrevista, Joesley diz que se tornou refém de dois presos, Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, ambos presos no âmbito da Operação Lava Jato.

Entre valores generosos pagos como propina ou ajuda aos presos e outros políticos, ele ressalta a importância de Temer no cenário ilícito das relações que mantinha.

"A pessoa a qual o Eduardo se referia como seu superior hierárquico sempre foi o Temer. Sempre falando em nome do Temer. Tudo que o Eduardo conseguia resolver sozinho, ele resolvia. Quando ficava difícil, levava para o Temer. Essa era a hierarquia", diz o empresário.  

 

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