Michel Temer: presidente passou por desobstrução de três artérias que tinham 90% de bloqueio e lhe davam risco real de infarto
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2017 às 06h18.
Última atualização em 27 de novembro de 2017 às 07h19.
Depois de passar por uma angioplastia no hospital paulistano Sírio Libanês, o presidente Michel Temer deve ter alta nesta segunda-feira.
Temer passou por desobstrução de três artérias que tinham 90% de bloqueio e lhe davam risco real de infarto.
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Em nota divulgada neste domingo, a Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto afirma que o peemedebista “passou a noite bem e seu quadro de saúde é estável”.
Um encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou a ser adiado em virtude da internação. Mas fora este compromisso, outras atribuições lhe darão pouco tempo para repouso.
Fora a saúde, o curso de tramitação da reforma da Previdência é a principal preocupação de Temer.
O combinado com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), era pautar a votação do novo texto da reforma no dia 6 de dezembro, quarta-feira da semana que vem. Temer e equipe, teriam, portanto, pouco mais de uma semana para viabilizar a aprovação.
O custo para pautar a Previdência foi a indicação de Alexandre Baldy, aliado de Maia e futuro integrante do PP, maior partido do centrão, para o Ministério das Cidades.
Parecia suficiente, mas não foi. O imbróglio com o PSDB ainda desagrada parlamentares de partidos menores que querem a cabeça do tucano Antonio Imbassahy, ministro da Secretaria de Governo. A poderosa pasta da articulação política chegou a ter substituto escolhido, o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), mas seguiu com o PSDB.
A conflitante relação com o PSDB, o maior partido da base aliada do governo, mostra como vai ser cada vez mais difícil manter um olho nas reformas, e outro nas eleições de 2018.
Mesmo com certo consenso de desembarque tucano do governo, o PSDB vem garantindo apoio às reformas.
Isso somado à amizade que Temer cultivou com Imbassahy faz com que a cautela seja maior em mandá-lo para a rua.
Acontece que o tempo é curto e as promessas por espaços na máquina pública feitas na época das denúncias são muitas.
Faltam 34 dias para terminar 2017. Em 2018 fica muito mais difícil avançar com qualquer agenda reformista. Reforma, em ano eleitoral, só a do time de ministros. Temer deixa o hospital com o relógio em seus calcanhares.