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Temer diz que povo brasileiro não é afeito à depredação

Para o presidente, papa Francisco estava equivocado quando disse que as pessoas deveriam rezar pelo Brasil após impeachment


	Michel Temer: "Acho que alegria vem pouco a pouco. Se nós pegarmos que saímos de um instante um pouco complicado, eu não tenho a menor dúvida disso"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Michel Temer: "Acho que alegria vem pouco a pouco. Se nós pegarmos que saímos de um instante um pouco complicado, eu não tenho a menor dúvida disso" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2016 às 13h08.

Hangzhou -- Um dia após o papa Francisco convidar as pessoas que rezem pelo Brasil neste "momento triste", o presidente Michel Temer comentou que o líder religioso jamais está equivocado e disse que o pontífice "revelou uma preocupação com o Brasil". "Uma preocupação que todos temos", disse o peemedebista, ao comentar que o povo brasileiro não é afeito à depredação e que, diante da atual situação do País, Francisco pediu preces para "pacificar" o Brasil.

"Acho que alegria vem pouco a pouco. Se nós pegarmos que saímos de um instante um pouco complicado, eu não tenho a menor dúvida disso", disse Temer, ao comentar afirmação do papa de que o Brasil vive "momento triste". "Foram três, quase quatro meses de problemática político-institucional que gerou conflitos", afirmou.

Aos jornalistas brasileiros, Temer disse entender que a afirmação do papa tem intenção de restabelecer a "pacificação". "Vocês se lembram que quando começaram a depredar (nas manifestações de 2013), o movimento ficou paralisado. Exata e precisamente o que mostra que o povo brasileiro não é afeito à depredação", disse. "A depredação é delito. Isso não é manifestação e acho que o papa, que é sábio, vendo tudo isso disse: 'Orem pelo Brasil'".

O presidente comentou ainda que esse objetivo do papa Francisco estaria alinhado ao desejo que Temer tem para o Brasil. "Para, quem sabe, fazer o que eu tenho pregado: Vamos pacificar o País. Quem faz uma oração, faz para que a ação seja pacificadora. Acho que é isso o que o Papa está pedindo".

Ainda sobre a tristeza citada pelo líder da Igreja Católica, Temer disse que a alegria voltará com a melhora da economia. "O que é alegrar? Alegrar é a confiança. Quando a confiança cresce, o emprego começa a aumentar e você tem alegria. Mas claro que, quando você fala em 12 milhões de desempregados, há certa tristeza".

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