Michel Temer: o presidente afirmou que é preciso recorrer ao passado para buscar soluções dos problemas atuais (Agência Brasil/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de maio de 2017 às 19h34.
Última atualização em 10 de maio de 2017 às 21h31.
Brasília - O presidente Michel Temer aproveitou a abertura de uma exposição de documentos históricos, na tarde desta quarta-feira, 10, para pedir mais entendimento.
"É importante rememorar os fatos da história brasileira, porque eles nos mobilizam", disse.
"Estamos nos pautando pelo passado, desde os primeiros instantes se buscou o progresso e o desenvolvimento e, mais ainda, uma pacificação e uma cordialidade extraordinária entre todos os brasileiros", completou.
"Sem embargo de uma ou outra divergência, a história brasileira sempre nos revela essa tentativa de aliança e união, uma solidariedade e uma fraternidade."
O rápido discurso de Temer foi feito numa solenidade no Palácio do Planalto no mesmo momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestava depoimento à Justiça, em Curitiba.
Ao lado de Temer estavam os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretária Geral da Presidência), citados, como Lula, nas delações prestadas à Operação Lava Jato.
Temer relatou que, após "verificar" e "cinematografar" os documentos expostos no Salão Oeste do Planalto, sentiu como se estivesse, na verdade, ao lado de figuras históricas como a princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea, um dos papéis à disposição do público.
Temer afirmou que é preciso recorrer ao passado para buscar soluções dos problemas atuais e estimou melhoria especialmente na área econômica.
"A economia do Brasil deve crescer, prosperar, com o apoio dos brasileiros", disse.
O presidente ignorou os capítulos da história brasileira que mostram que a "pacificação" do país não ocorreu, geralmente, por meio de tratados e assinaturas de documentos, mas durante processos de batalhas e repressões de tropas oficiais nos tempos da Colônia e do Império.