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Temer deve montar estratégia para o recesso

De acordo com interlocutores, o presidente precisa sinalizar aos parlamentares que conseguirá manter a sua agenda positiva ativa durante esse período

Temer: ainda deve se concentrar para escolher um nome para o Ministério da Transparência (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Temer: ainda deve se concentrar para escolher um nome para o Ministério da Transparência (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de julho de 2017 às 11h11.

Brasília - O presidente Michel Temer chegou na manhã desta segunda-feira, 17, ao Palácio do Planalto para uma semana em que deve se debruçar para manter a base aliada unida durante o recesso. Temer também se prepara para a reunião da Cúpula do Mercosul, na qual o Brasil vai assumir a presidência do bloco, em Mendoza, na Argentina. A participação do presidente, no entanto, está prevista apenas para sexta-feira.

Até o momento, a agenda do presidente prevê apenas despachos internos.

Recesso

Frustrado com o adiamento para agosto da votação da denúncia contra Michel Temer no plenário da Câmara, o Palácio do Planalto ainda tenta traçar a estratégia para o presidente durante os dias de recesso, que começará no próximo dia 18 até o dia 1º de agosto.

De acordo com interlocutores, o presidente, que tinha o desejo de tocar a agenda de reformas já sem o peso de estar denunciado, precisa sinalizar aos parlamentares que conseguirá manter a sua agenda positiva ativa durante esse período e dar argumentos para que a base continue fechada com ele para derrubar a denúncia.

Aliados do chamado Centrão, que já começaram a pressão por mais espaço no governo, podem ficar com a pasta da Cultura. Segundo uma fonte, a intenção do presidente nos próximos dias é se debruçar para a escolha do nome para ocupar a vaga deixada por Roberto Freire, logo depois que veio à tona a revelação da gravação do presidente com o empresário Joesley Batista, da JBS, no dia 17 de maio.

Temer deve ainda se concentrar para escolher um nome para o Ministério da Transparência, que ficou vago com a saída de Torquato Jardim para o Ministério da Justiça, no fim de maio. Neste caso, fontes do Planalto reconhecem que é mais difícil usar a pasta para acomodar aliados, já que o próprio presidente já manifestou o desejo de escolher um nome técnico para o cargo.

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