Pequim - Encontro do presidente Michel Temer com o Senhor Wang Yang, Vice-Primeiro-Ministro da República Popular da China, durante a cerimônia de encerramento do Seminário sobre Oportunidades de Investimento (Beto Barata/PR/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 2 de setembro de 2017 às 15h46.
Última atualização em 2 de setembro de 2017 às 15h46.
Brasília - O presidente Michel Temer desistiu de antecipar sua volta da China, depois da publicação de que a ameaça de uma nova denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, poderia fazê-lo encurtar a viagem.
Ao deixar um seminário em Pequim, Temer foi perguntado sobre seu retorno ao Brasil. "Depois que disseram que eu vou voltar, não vou voltar não. Vou ficar", disse o presidente.
Assessores do presidente confirmaram que ele estaria pensando em voltar ao Brasil na terça-feira, dia 5. A alegação era a votação dos destaques da meta de déficit fiscal no Congresso, marcada para às 19h de terça-feira.
Temer, no entanto, não chegaria a tempo. Além disso, os pontos essenciais do texto já foram aprovados. Outras fontes, no entanto, confirmaram que havia uma preocupação do presidente com a possibilidade de apresentação de nova denúncia por Janot com Temer fora do país.
No entanto, a divulgação de que esse era a real preocupação por trás da antecipação - e com parte da comitiva sendo contrária ao seu retorno antecipado - Temer teria desistido de deixar a China antes do final do encontro dos BRICS, do qual participa de domingo a terça.