Presidente Michel Temer disse que o bloco sul-americano precisa avançar cada vez mais rumo à inserção na economia global (Cesar Itiberê/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 18 de junho de 2018 às 14h27.
Última atualização em 18 de junho de 2018 às 15h18.
Em discurso aos chefes de Estado na Cúpula do Mercosul, hoje (18), em Assunção (Paraguai), o presidente Michel Temer disse que o bloco sul-americano precisa avançar cada vez mais rumo à inserção na economia global. Temer defendeu as negociações para a finalização de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
“Na frente das negociações externas, nossa opção é inequívoca, mais e melhor abertura. No lugar de nos fecharmos entre nós mesmos, atuamos em conjunto para inserir nossos países na economia global. Essa estratégia é indispensável para a competitividade dos nossos produtos, para a geração de emprego e renda para nossa gente”, disse.
Ao defender a aliança entre o Mercosul e a União Europeia, que negociam um acordo de livre comércio, Temer lembrou que houve avanços significativos nas negociações nos últimos tempos. Antes dele, o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, demonstrou desânimo com a demora na conclusão de um acordo.
Aliança
“Não devemos abandonar a ideia desta aliança com o Mercosul, porque na premissa que levantei, segundo a qual nosso trabalho deve ser cada vez mais de abertura para o mundo, fechar essa porta agora significa impedir o caminho das negociações que tem tido razoável sucesso”, disse Michel Temer.O presidente também avaliou como positiva a aproximação do Mercosul com a Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Peru e México). Segundo Temer, as palavras de ordem do Mercosul são “mais diálogo, mais livre comércio e mais investimento”.
O Mercosul é integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da Venezuela, suspensa do bloco desde 2016. Na reunião de hoje, a presidência pro tempore do bloco será transferida ao Uruguai.
Venezuela
Ao relatar a chegada contínua de venezuelanos no Brasil, Temer comentou a situação da Venezuela, suspensa do Mercosul, e disse que o Brasil continua vigilante em relação à deterioração das condições humanitárias no país vizinho.
“Não temos poupado esforços para construir condições físicas e jurídicas que permitam o acolhimento solidário de quem foge de uma crise humanitária”, disse.
Segurança
A internacionalização do crime organizado e a preocupação com a segurança pública foram mencionadas por Temer como problemas que atingem os países e a população da região.
Segundo ele, o Mercosul pode ajudar a “fazer a diferença” no combate a esse “flagelo”. Para o presidente, o crime organizado ultrapassa fronteiras e desrespeita os valores de cada país