Michel Temer: "O Brasil tem que viver estreitamente com todos os países para a geração de investimentos" (Paulo Whitaker/Reuters)
EFE
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 14h17.
Última atualização em 31 de janeiro de 2017 às 15h18.
São Paulo - O presidente Michel Temer defendeu nesta terça-feira a cooperação internacional como mecanismo para atrair investimentos e anunciou as visitas do presidente da Argentina, Mauricio Macri, e da Espanha, Mariano Rajoy, ao país durante o primeiro semestre do ano.
"O Brasil tem que viver estreitamente com todos os países para a geração de investimentos", disse Temer durante a abertura da Conferência Latino-Americana de Investimentos, promovida pelo banco Credit Suisse, em São Paulo.
Sem citar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticado pelas políticas sobre imigração e comércio internacional anunciadas em seus primeiros dias de governo na Casa Branca, Temer defendeu a abertura econômica e a força dos imigrantes em um país como o Brasil.
"Diante da incerteza do cenário internacional, o Brasil se afirma como um espaço especialmente atrativo para os negócios. Somos uma democracia plural, livre de conflitos étnicos ou religiosos. Somos um país aberto para o mundo", disse Temer, que é filho de imigrantes libaneses.
"Também com nossos vizinhos, nós convivemos em paz há muitos anos. O que movimenta as relações exteriores é a rota da cooperação, do desenvolvimento e do entendimento", disse o presidente.
Temer aproveitou para antecipar que receberá a visita do presidente da Argentina, Mauricio Macri, no próximo dia 7. Já o presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, também virá ao Brasil, mas ainda não há uma data estabelecida.
No encontro com os empresários, Temer também citou a política fiscal do governo para sair da crise e indicou que o Brasil precisa sair da recessão com força. "Vamos começar a obter o crescimento e com o Estado eficiente em todos os sentidos, uma democracia da eficiência", disse o presidente.
"Quem planta responsabilidade colhe indicadores saudáveis. O que estamos fazendo, com grande responsabilidade, é garantir os direitos do povo, em particular na saúde e na educação", afirmou.
"Temos que nos preocupar. Se não ajustarmos a previdência social, vamos prejudicar os jovens de hoje", afirmou Temer, que não citou os números do desemprego de 2016 divulgados nesta terça-feira e que indicam um recorde histórico de 12 milhões de desempregados.
A conferência seguirá até amanhã com a participação, entre outros, do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e dos presidentes do Banco Central, Ilan Goldfajn, e da Petrobras, Pedro Parente.