A candidatura de Temer poderia significar o fim da aliança com o PT caso ele a presidente Dilma Rousseff sejam reeleitos em 2014 (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2013 às 15h32.
Indaiatuba - O vice-presidente da República e presidente de honra do PMDB, Michel Temer, defendeu nesta sexta-feira a candidatura própria do partido ao executivo federal em 2018, o que poderia significar o fim da aliança com o PT caso ele a presidente Dilma Rousseff sejam reeleitos em 2014.
"O sonho de todo partido é ter um dia candidato a presidente da República. Não temos tempo para preparar uma candidatura em 2014, mas teremos tempo em 2018 e isso é uma coisa decidida", disse Temer, em encontro com prefeitos e vice-prefeitos do PMDB de São Paulo, em Indaiatuba (SP).
Temer defendeu que o partido tenha candidatos a governador encabeçando chapas em todos os estados brasileiros em 2014, "particularmente em São Paulo", o que também significaria que PMDB e PT não se coligariam nas eleições gerais do próximo ano no Estado.
O vice-presidente lembrou também que no Estado o PMDB vota com o PSDB do governador Geraldo Alckmin, mas disse ter "convicção que o momento administrativo é diferente do momento político" e que o apoio ao executivo paulista não ocorrerá nas eleições.
Ainda em seu discurso, Temer exaltou aos políticos do partido a força do PMDB, comparada, segundo ele à da Presidência da República. "Acham que só tem poder quem é presidente da República, o que não é verdade. O PMDB tem poder político extraordinário", concluiu.