Baldy: o deputado foi líder do Podemos por 8 meses (Foto: Alan Santos/PR/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 22 de novembro de 2017 às 20h44.
Última atualização em 22 de novembro de 2017 às 20h49.
O deputado federal Alexandre Baldy (GO) tomou posse hoje (22) como novo ministro das Cidades. Baldy assumiu a pasta no lugar do também deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que pediu para deixar o governo na semana passada.
Ao dar posse ao novo ministro, o presidente Michel Temer elogiou a atuação de Baldy como deputado, que está em seu primeiro mandato, e destacou o seu trabalho como secretário de Indústria e Comércio de Goiás. Temer disse ter certeza que Baldy levará para o ministério sua experiência.
Ao iniciar o discurso, o presidente disse que a posse do novo ministro era a mais prestigiada, com muitos deputados de vários partidos, governadores e prefeitos, autoridades, parentes e amigos do novo ministro.
Segundo Temer, a presença de deputados de diversos partidos é uma demonstração da unidade em torno do nome de Alexandre Baldy para o Ministério das Cidades.
Temer disse, no discurso, que a primeira pessoa a lembrá-lo do nome do deputado Alexandre Baldy para substituir Bruno Araújo no cargo foi o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ao recordar o fato, Temer elogiou a atuação de Maia e disse que ele tem sido um parceiro fundamental do governo e tem atuado para ajudar na aprovação de reformas que são importantes para o país.
"Eu quero cumprimentar a todos mais uma vez, e até agradecer - viu, Baldy? -, agradecer a você pela somatória que você fez aqui. E agradecer ao Rodrigo Maia, porque você sabe que a primeira pessoa a me lembrar do seu nome foi o Rodrigo Maia. Portanto eu digo: o Rodrigo Maia tem olho clínico, não é verdade? E por isso eu quero dirigir também uma palavra ao Rodrigo - viu, Marun, viu Imbassahy e todos amigos? -, eu quero dirigir uma palavra a ele, porque ele tem sido um parceiro fundamental", disse o presidente.
De acordo com o presidente, a parceria entre governo e o Congresso tem sido importante. "Para que o presidencialismo seja coeso, que é o que está na Constituição, nós demos uma nova significação, nova coloração ao presidencialismo brasileiro. A partir do nosso governo, creio que o Congresso Nacional deixou de ser um apêndice do Poder Executivo, mas passou a ser um parceiro, ou seja, andamos juntos, que é quase um semipresidencialismo, e tem dado certo."
O presidente da Câmara também elogiou o novo ministro e disse ter certeza que "a competência dele na Câmara como deputado e na relatoria de vários projetos importantes se refletirá no governo".
Maia falou da importância da aprovação de reformas pelo Congresso e lembrou que a reforma da Previdência, em análise na Câmara, é essencial para o Brasil e que interessa muito aos pobres.
Rodrigo Maia também afirmou ter certeza que a agenda de reformas do governo é também a agenda da Câmara.
O presidente Temer agradeceu ao ex-ministro Bruno Araújo pelo trabalho à frente do ministério e pela parceria com o governo. Por sua vez, Bruno Araújo falou da situação em que assumiu a pasta e das dificuldades. Segundo Bruno, programas estavam paralisados e muitas dívidas acumuladas e que hoje a pasta está reorganizada.
O novo ministro agradeceu ao presidente a confiança depositada a ele ao nomeá-lo para o Ministério das Cidades e prometeu trabalhar para ajudar milhões de brasileiros que sonham com a casa própria, modernizar as cidades e atuar para promover a igualdade social.
Formado em Direito pela PUC Goiás, Alexandre Baldy deixou o empreendedorismo e assumiu a Secretaria de Indústria e Comércio no governo de Marconi Perillo.
Foi eleito deputado federal em 2014 pelo PSDB. Em 2016, deixou o PSDB filiou-se ao PTN, atual Podemos, o qual foi líder por 8 meses. Ele foi desfiliado do partido para assumir o Ministério das Cidades.
Como deputado, foi autor do projeto que garante a agricultores goianos o abatimento de até 85% das dívidas com o Banco do Brasil.
Em outro projeto, propôs limitação da concessão de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por países estrangeiros.
Um de seu projetos foi aprovado em Plenário limita o uso que o governo federal faz do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e redistribui os lucros do fundo aos trabalhadores.
Baldy tem 37 anos, é casado e tem dois filhos.