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Temer cria força-tarefa para liberar caminhões em rodovia do Pará

A BR-163 está congestionada com caminhões carregados de soja, que não conseguem avançar por conta da condição da pista, que não é asfaltada

Soja: de acordo com a nota, a pista no sentido Pará-Mato Grosso está liberada (foto/Divulgação)

Soja: de acordo com a nota, a pista no sentido Pará-Mato Grosso está liberada (foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de março de 2017 às 15h37.

Brasília - O presidente Michel Temer criou uma força-tarefa para atuar na liberação do tráfego na BR-163 em seu trecho paraense, onde caminhões carregados de soja estão parados por causa da condição da pista, que não é asfaltada.

Segundo nota divulgada nesta sexta-feira, 3, pela Presidência da República, o grupo será composto pelas pastas da Casa Civil, Agricultura, Justiça, Defesa e Transportes, Portos e Aviação Civil.

De acordo com a nota, a pista no sentido Pará-Mato Grosso está liberada. No sentido contrário, onde estão os caminhões, há uma retenção de aproximadamente 5 quilômetros. A expectativa é que o fluxo seja normalizado nesta sexta.

Equipes da Polícia Federal e das Forças Armadas estão na região. Eles atuam no balizamento e na sinalização da estrada, a fim de desobstruir os trechos para o trabalho das máquinas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

"Militares do Exército e da Força Aérea Brasileira fazem o transporte e distribuição de 3 mil cestas básicas e 46 toneladas de água potável para caminhoneiros, motoristas e familiares que estão sitiados naquela região", diz a nota. Um comitê gestor coordenado pelo Dnit está no local.

A nota informa ainda que, na quinta-feira, governo e empresários do setor criaram um grupo de trabalho para discutir uma "solução definitiva" para o trecho da rodovia.

O jornal "O Estado de S. Paulo" desta sexta informa que, após essa reunião com produtores, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, lamentou os prejuízos provocados pela obstrução da rodovia, que é o principal acesso da soja produzida no Centro-oeste para os portos do Norte do País.

"Dinheiro que estava na mesa, de uma grande colheita, está indo para o ralo, nos buracos das estradas", disse ele. O setor calcula que o prejuízo na atual safra poderá chegar aos R$ 350 milhões.

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