Michel Temer: Jucá disse a jornalistas estrangeiros que um novo governo vai considerar uma reforma do oneroso sistema previdenciário (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2016 às 14h34.
Brasília - O reequilíbrio das contas fiscais e a restauração da confiança serão as prioridades de um novo governo liderado pelo vice-presidente Michel Temer, mas elevar impostos ainda não está em questão, disse o presidente interino do PMDB, senador Romero Jucá (RR), nesta quarta-feira.
Jucá disse a jornalistas estrangeiros que um novo governo vai considerar uma reforma do oneroso sistema previdenciário.
Temer substituirá a presidente Dilma Rousseff se, como é esperado, o Senado afastá-la temporariamente do cargo para começar seu processo de impeachment no meio de maio.
"Elevar os impostos não é a primeira opção... em um momento de recessão, elevar os impostos não aumenta as receitas", disse Jucá, economista que está sendo cotado para o cargo de ministro do Planejamento.
Para restaurar rapidamente a confiança na economia brasileira, Jucá disse que a próxima administração tem que revisar o que ele chamou de níveis de gastos públicos "insustentáveis" e pode até discutir a implantação de um limite para a dívida pública.
Ele se recusou a detalhar como o governo pode reduzir os gastos, mas reconheceu que uma administração Temer pode cortar o número de ministério para economizar.
Temer só elevará os impostos sob "circunstâncias extremas" para reforçar as contas públicas, disse outro assistente próximo a Temer.