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Temer diz que não armou “golpe”; Bolsonaro reassume Presidência; SoftBank vai dobrar participação no Banco Inter

Michel Temer: “Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo ‘golpe’" (Marcelo Chello/Reuters)

Michel Temer: “Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo ‘golpe’" (Marcelo Chello/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2019 às 05h38.

Última atualização em 17 de setembro de 2019 às 07h40.

Temer diz que não armou “golpe”

O ex-presidente Michel Temer disse que não armou um “golpe” no processo de impeachment que afastou Dilma Rousseff da Presidência em 2016. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira 16, Temer usou o termo utilizado por seus adversários duas vezes. “Eu jamais apoiei ou fiz empenho pelo ‘golpe’. Aliás, muito recentemente, o jornal Folha de S. Paulo detectou um telefonema que o ex-presidente Lula me deu, no qual ele pleiteava trazer o PMDB para ‘impedir o impedimento’. E eu tentei, mas a esta altura eu confesso que a movimentação popular era tão grande e tão intensa que os partidos já estavam mais ou menos vocacionados, digamos assim, para a ideia do impedimento”, disse Temer. “Este telefonema do ex-presidente Lula revela, exata e precisamente, que eu não era, digamos, adepto do ‘golpe’”.

Bolsonaro reassume

Jair Bolsonaro reassume a presidência nesta terça-feira. Em seu primeiro ato, vai assinar um projeto do Congresso que dá isenção da posse de arma em toda a propriedade rural, um tema caro a seus apoiadores. Ele chegou no fim da tarde de ontem a Brasília e comentou sobre o projeto em ráida entrevista. “Não vou tolher ninguém de bem a ter posse ou porte de arma de fogo”, afirmou. Bolsonaro deixou o hospital, em São Paulo, por volta das 15h, após oito dias internado para corrigir uma hérnia que surgiu no lugar das intervenções anteriores. Foi a quarta cirurgia a que foi submetido desde uma facada recebida em Juiz de Fora, durante a campanha que o levou à presidência.

PSL desembarca do governo Witzel

Maior partido da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) com 12 deputados, o PSL anunciou nesta segunda-feira, 16, o desembarque da base do governo de Wilson Witzel (PSC). A legenda, comandada no Rio pelo senador Flávio Bolsonaro, era a principal sustentação do governador, que foi eleito na esteira do bolsonarismo. A discordância se deu justamente por Witzel ter feito críticas ao presidente Jair Bolsonaro em entrevista à Globonews e afirmado que quer concorrer à Presidência. A ordem foi dada por Flávio após a entrevista, na qual Witzel também negou que sua vitória eleitoral tenha se dado por causa da onda bolsonarista. Ele tinha 1% das intenções de voto no início do período eleitoral, segundo os principais institutos de pesquisa.

Mercado mantém projeção do PIB a 0,87% e reduz a da inflação

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central mantiveram em 0,87% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Em contrapartida, a previsão de crescimento para 2020 foi revista e caiu de 2,07% para 2%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira 16 pelo Boletim Focus. Apesar de mantida de uma semana para outra, a estimativa continua muito inferior à do início deste ano, quando, otimista, o mercado chegou a projetar o PIB em 2,57%. Os economistas revisaram também a previsão de inflação para 2019. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 3,45%. Na semana passada, a média prevista para a inflação no ano era de 3,54%. É a sexta revisão seguida no indicador de preços. O índice está abaixo do centro da meta da inflação deste ano, definida em 4,25% pelo Conselho Monetário Nacional. A taxa, no entanto, está dentro da margem de erro, que é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima (2,75% a 5,75%). Para 2020, o mercado também reduziu a estimativa do IPCA de 3,82% para 3,80%. No próximo ano, a meta da inflação é de 4%, com tolerância entre 2,5% e 5,5%.

SoftBank vai dobrar participação no Banco Inter

O SoftBank Group está aumentando sua aposta no Banco Inter, disse à agência Bloomberg uma pessoa familiarizada com a transação. A participação adicional, que deve dobrar a fatia do Softbank, será comprada de membros das famílias controladoras do banco, incluindo da família Menin (fundadora da construtora MRV), disse a pessoa. O CEO do Banco Inter, João Vitor Menin, que detém 5,4% do capital total, não está entre os vendedores, de acordo com a fonte, que pediu para não ser identificada porque as informações não são públicas. SoftBank e Banco Inter não comentam. O gigante japonês comprou 8,1% do Banco Inter em julho por cerca de 760 milhões de reais. O SoftBank está fazendo uma enxurrada bilionária de aquisições na América Latina, com cerca de 300 alvos mapeados e investimentos em empresas como Creditas, Gympass, QuintoAndar e Rappi, criando uma leva de unicórnios latinos.

Reino Unido e UE concordam em intensificar a busca por um acordo

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, concordaram nesta segunda-feira 16 sobre a necessidade de intensificar os contatos em busca de um acordo de saída para o Reino Unido da União Europeia, faltando 45 dias para o Brexit, informou Downing Street. “Os líderes concordaram que as discussões devem se intensificar e as reuniões diárias serão realizadas em breve”, de acordo com um comunicado divulgado no final da reunião no Luxemburgo. Os contatos devem ocorrer no nível político entre os dois chefes das negociações e as conversas entre Juncker e Johnson continuarão, afirma o texto.

Kim Jong-un convida Trump para quarto encontro

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, convidou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a visitar Pyongyang em carta enviada em agosto, informou o jornal sul-coreano Joongang Ilbo nesta segunda-feira 16. A possível quarta reunião entre os dois líderes traz a perspectiva de retomada das negociações sobre a desnuclearização do país oriental e da eliminação das sanções econômicas impostas pelo governo americano. A recente demissão do Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, por Trump abre uma via de aproximação maior. Bolton claramente não confiava na possibilidade de acordo entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte e trabalhava na linha da confrontação. Se a proposta da visita for aceita, Trump será o primeiro presidente americano a visitar a capital norte-coreana. Trump e Kim se encontraram três vezes desde junho do ano passado para debater maneiras para conter os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte. Não houve progresso substantivo.

Arábia Saudita: armas do ataque a campo de petróleo são do Irã

Investigações preliminares revelaram que as armas usadas no ataque ao maior campo de petróleo da Arábia Saudita, no último sábado 14, são do Irã. A informação foi divulgada pelo jornal americano The Washington Post nesta segunda-feira 16. De acordo com a publicação, que cita um porta-voz da Arábia Saudita, os ataques não se originaram no Iêmen, embora os rebeldes iemenitas houthis, apoiados pelo Irã, tenham reivindicado a autoria e ameaçado conduzir novos bombardeios à infraestrutura petrolífera da Arábia Saudita. Os ataques reduziram a produção do reino em 5,7 milhões de barris por dia (bpd), de acordo com comunicado da empresa estatal de petróleo Saudi Aramco, ou mais de 5% do suprimento global de petróleo.

Guaidó tenta reverter crise da Venezuela

O chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, propôs nesta segunda-feira a convocação de um Conselho de Governo “com todos os setores” para tentar reverter a severa crise venezuelana. O líder opositor revelou que apresentou a proposta durante as negociações com o governo de Nicolás Maduro em Barbados. Segundo Guaidó, o plano contempla a sua saída do cargo, contanto que Maduro faça o mesmo. Guaidó explicou que este Conselho de Governo, inspirado em outro que a Venezuela teve em 1958, deve ser “plural, equitativo e com todas as forças do país”, incluindo as Forças Armadas. O objetivo é que essa seja “a forma de governo” na Venezuela até que um novo presidente seja escolhido em eleições livres. “Implicaria, além disso, certamente, a saída imediata de Maduro e o meu afastamento do cargo até uma eleição presidencial real”, detalhou. A proposta também contempla a libertação dos mais de 500 presos políticos no país, a cessação da inabilitação de vários opositores e a entrada imediata de ajuda humanitária. “Esse é o coração da proposta, e o motivo pelo qual o regime (de Maduro) saiu correndo”, comentou Guaidó.

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