Michel Temer: partidos da base aliada, principalmente do centrão, têm cobrado que Temer retire dos cargos ministros do PSDB (Beto Barata/PR/Divulgação)
Reuters
Publicado em 13 de novembro de 2017 às 13h12.
Última atualização em 13 de novembro de 2017 às 13h18.
Rio de Janeiro - O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira que há uma "unidade absoluta" em seu ministério, dias após ter reconhecido que será "inevitável" fazer uma reforma ministerial.
"Quando vejo o nosso ministério, não há uma desintegração sequer no nosso ministério. Há uma unidade absoluta", disse o presidente durante discurso em evento para anunciar ações sociais no Rio de Janeiro, com a presença de diversos ministros.
Partidos da base aliada, principalmente do centrão, têm cobrado que Temer retire dos cargos ministros do PSDB, partido que não deu apoio maciço a ele na votação das denúncias, mas ocupa pastas importantes, como Cidades e Secretaria de Governo.
Na semana passada, o presidente afirmou que a reforma será "inevitável", mas que saberá o "momento certo" de fazê-la.
Ainda na linha da unidade ministerial, o presidente foi além. Aproveitando o fato de as ações anunciadas envolverem vários órgãos e diferentes níveis de governo e necessitarem coordenação, Temer disse que o país quer este tipo de cooperação e "quer paz".
"Quando o (o governador Luiz Fernando) Pezão aplaude a bancada federal, é com toda razão, mas isto é fruto desta fórmula que nós resolvemos colocar no governo", disse o presidente.
"Uma integração, uma cooperação absoluta na convicção de que o Brasil é uma unidade, que o Brasil quer paz, que o Brasil quer isto que nós estamos vivendo no dia de hoje", acrescentou.
Para ele, esse tipo de trabalho conjunto é uma demonstração de que "o Brasil tem jeito".
"Então, quando nós percebemos que todos estes setores estão reunificados, que todos estes setores estão trabalhando juntos, nós podemos dizer sempre, como está acontecendo hoje, que o Brasil tem jeito e cada vez mais futuro."