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Temer admite mudanças no texto para aprovar reforma

O presidente também pode abrir mão do limite de dois salários mínimos no caso de acúmulo de aposentadorias e benefícios

Temer: o presidente voltou a citar a economia de R$ 600 bilhões que o atual texto da reforma trará em 10 anos (Adriano Machado/Reuters)

Temer: o presidente voltou a citar a economia de R$ 600 bilhões que o atual texto da reforma trará em 10 anos (Adriano Machado/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 21h42.

Para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer admitiu ceder na regra de transição para ingressos no serviço público até 2003. O presidente também pode abrir mão do limite de dois salários mínimos no caso de acúmulo de aposentadorias e benefícios, ampliando-o para o teto da Previdência Social.

"Se decidirem que o acúmulo da pensão não será até dois salários mínimos, como está no projeto que vai ser apresentado amanhã [7], e chegarem à conclusão de que deve ser o teto da Previdência Social, de R$ 5.645, eu penso que, por força do diálogo, poderá eventualmente chegar a isso. De igual maneira, a questão daqueles anteriores a 2003, uma regra de transição", disse o presidente, em entrevista ao Jornal da Band,, exibida na noite desta terça-feira (6).

Na entrevista, Temer voltou a citar a economia de R$ 600 bilhões que o atual texto da reforma trará em 10 anos, mas admitiu uma redução desse número "para R$ 480 bilhões ou qualquer coisa assim". O presidente abraça a ideia de que uma redução na economia prevista é melhor do que economia nenhuma. O governo já vinha sinalizando a disposição para o diálogo. Os únicos pontos inegociáveis, de acordo com o próprio presidente e seus ministros, são o aumento da idade mínima para aposentadoria, além da unificação do limite de benefício, algo que o governo tem chamado de "fim dos privilégios".

Preço da gasolina

"O que tem acontecido é isso: vem um aumento, e o sujeito aumenta. Quando vem a redução, o sujeito tira o aumento. Daí vem um novo aumento, ele aumenta de novo. Estamos examinando isso aqui, espero dar logo uma solução".

Temer disse que o governo estuda uma forma de garantir que a redução chegue até a bomba de combustível. "Estamos vendo fórmulas jurídicas de como obrigar, quando haja redução do preço do combustível, que também isto repercuta na bomba".

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