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Técnicos virão ao Brasil para fazer avaliação em relógio de Dom João VI destruído no STF

Governo brasileiro e a embaixada do país europeu estão negociando uma parceria para que os estrangeiros ajudem no processo de restauração da peça, como revelou O GLOBO

O governo brasileiro e a embaixada do país europeu estão negociando uma parceria para que os estrangeiros ajudem no processo de restauração da peça (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

O governo brasileiro e a embaixada do país europeu estão negociando uma parceria para que os estrangeiros ajudem no processo de restauração da peça (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 10 de fevereiro de 2023 às 19h06.

Um grupo de especialistas da Suíça deverá vir ao Brasil nas próximas semanas para fazer um avaliação técnica do relógio de Balthazar Martinot, dado a Dom João VI pela Corte francesa e destruído durante a invasão ao Palácio do Planalto nos ataques bolsonaristas do dia 8 de janeiro. O governo brasileiro e a embaixada do país europeu estão negociando uma parceria para que os estrangeiros ajudem no processo de restauração da peça, como revelou O GLOBO.

A embaixada apresentou oficialmente ao Planalto, ao Ministério da Cultura e ao Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan) uma iniciativa para firmar uma parceria. Caso seja firmada, o governo poderá contar com a contribuição de um produtor suíço de relógios com longa tradição, além de artesões e especialistas no assunto que atuam naquele país.

Os detalhes do acordo, no entanto, ainda estão sendo definidos. O relógio chegou a ser citado como as peças que teriam maior dificuldade de restauração devido à dimensão dos estragos.

O diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, afirmou ao GLOBO que devido à técnica utilizada por Martinot para confecção do relógio, é necessário que haja uma equipe altamente especializada para reconstituí-lo.

Imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram que a peça foi destruída por um homem vestindo uma camisa preta com a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro. Após derrubar o relógio no chão, ele ainda atira o armário sobre qual ele estava apoiado em cima, ampliando o dano.

— Estamos pensando em fazer um ateliê de restauro no próprio Palácio. Então, as obras não sairiam daqui para lugar nenhum e os técnicos viriam restaurá-las aqui. A gente pensaria também numa proposta de educação patrimonial, ou seja, não só a execução do restauro de todas as obras aqui podendo ser acompanhada, inclusive pela população em uma visita, como também a capacidade técnica dos técnicos suíços sendo repassada aos técnicos brasileiros — afirmou o diretor.

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