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TCE libera contas do Amazonas após posse de novo governador

O bloqueio das contas foi feito na segunda-feira (8), logo depois da cassação dos mandatos do ex-governador José Melo e do vice, Henrique Oliveira

David Almeida: o governador interino esteve nesta tarde na sede do TCE, em Manaus, e confirmou que a situação foi normalizada (Site do Governo do Amazonas/Dhyeizo Lemos/SECOM/Reprodução)

David Almeida: o governador interino esteve nesta tarde na sede do TCE, em Manaus, e confirmou que a situação foi normalizada (Site do Governo do Amazonas/Dhyeizo Lemos/SECOM/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 10 de maio de 2017 às 21h26.

O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Ari Moutinho Júnior, informou hoje (10) que as contas do governo do Amazonas estão desbloqueadas.

A decisão foi tomada pelo colegiado na noite de ontem (9), dia em que o governador interino, David Almeida, tomou posse.

O bloqueio foi feito na segunda-feira (8), atendendo a um pedido do Ministério Público de Contas, que identificou uma movimentação financeira incomum, de mais de R$ 230 milhões, logo depois da cassação dos mandatos do ex-governador José Melo e do vice, Henrique Oliveira, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

David Almeida esteve nesta tarde na sede do TCE, em Manaus, e confirmou que a situação foi normalizada.

Sobre os recursos suspeitos, ele disse que estão relacionados a pagamentos normais do governo.

"No mês anterior, o estado pagou em torno de R$ 964 milhões. Até ontem, para fazer uma comparação, tinha pago 33% desse valor. Com o professor [José] Melo, o percentual era 22%. Então temos aí uma diferença menor do que foi pago este mês em relação ao mês anterior. Portanto, uma questão de a gente se entender, de a gente buscar o entendimento. Existiam muitos recursos consignados, que são descontados do salário do servidor e são repassadas aos bancos. Todas as dúvidas estão dirimidas e a questão está encerrada", disse Almeida.

O conselheiro presidente do TCE voltou a dizer que a decisão da Corte de Contas está dentro de suas prerrogativas e foi adotada para preservar o estado de danos maiores no período de transição de governo.

"Quando o Ministério Público de Contas se pronuncia, quando o relator das contas entende a necessidade como um alerta, essa Corte de Contas se pronuncia. Antes prevenir do que remediar. Esse é nosso papel. O governador veio agradecer e pedir auxílio", disse Ari Moutinho Júnior.

O conselheiro Júlio Pinheiro, que é relator das contas do governo amazonense e responsável pelo pedido de bloqueio, informou que a destinação dos recursos ainda está sendo analisada.

O relatório deverá ser apresentado no ano que vem.

"Até maio do ano que vem nós haveremos de fazer o voto e, confirmadas eventualmente quaisquer irregularidades, o Tribunal tomará as suas providências e fará aquilo que lhe é de importância extrema, ou seja, preservar a boa aplicação dos recursos públicos", disse o conselheiro.

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas terá 40 dias após a posse de Almeida para marcar a data da nova eleição para governador.

O deputado estadual Abdala Fraxe, do PTN, que assumiu a presidência da Assembleia Legislativa do Amazonas, disse ontem que vai questionar a Justiça Eleitoral sobre a possibilidade de a eleição ser feita de forma indireta, ou seja, o novo governador ser escolhido pelos deputados e não pelos eleitores.

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