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Taxistas são acusados de agredir motorista do Uber em SP

Motorista do aplicativo foi sequestrado por taxistas armados na madrugada de sábado


	Manifestação contra o Uber: aplicativo é considerado ilegal em São Paulo e virou alvo da fúria dos taxistas
 (Paulo Pinto/ Fotos Públicas)

Manifestação contra o Uber: aplicativo é considerado ilegal em São Paulo e virou alvo da fúria dos taxistas (Paulo Pinto/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 10h30.

São Paulo - Um motorista de 22 anos do aplicativo Uber foi sequestrado por taxistas armados na madrugada do último sábado, 8, no Itaim-Bibi, na zona sul de São Paulo.

Segundo a Polícia Civil, ele recebeu um chamado para atender um passageiro na esquina das Ruas Etelvina e Clodomiro Amazonas, quando se deparou com uma emboscada.

Em depoimento, a vítima alegou que ao chegar no endereço encontrou um grupo formado por cerca de 20 taxistas, tentou dar marcha ré para fugir, mas a via tinha sido bloqueada pelos suspeitos.

O carro dele foi apedrejado. Ele desceu do carro e tentou correr, mas foi rendido por um taxista armado e colocado à força de um veículo Chevrolet Cobalt que, segundo ele, era um táxi.

O motorista contou que por um período de 30 minutos foi agredido por quatro homens que estavam dentro do automóvel. Na Rua Funchal, também no Itaim-Bibi, ele foi libertado e ligou para o 190. A Polícia Militar encontrou o carro dele depredado na Rua Clodomiro Amazonas.

Segundo Carlos Laia, secretário-geral do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi de São Paulo (Simtetaxis), um dos taxistas que fizeram a emboscada já foi identificado e o nome dele foi passado para Departamento Municipal de Transportes (DTP).

"O sindicato levou o caso para o setor de disciplina do DTP. Também vamos ajudar a polícia", afirmou.

O Uber é considerado ilegal em São Paulo e virou alvo da fúria dos taxistas. O setor cobra mais fiscalização por parte da Prefeitura de São Paulo para coibir a atividade do Uber.

Em nota, a administração municipal afirmou que "ao tomar o conhecimento" o prefeito Fernando Haddad (PT) "pediu à Secretaria Municipal de Transportes que inicie o processo administrativo de cassação dos alvará dos taxistas que tenham comprovadamente participado do crime".

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