Táxi: além da liberação das faixas de ônibus, eles são contra a licitação de novos alvarás de táxi (Wilsom Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 13h21.
São Paulo – Um grupo de aproximadamente 80 taxistas, segundo estimativa da Polícia Militar, faz desde o início da manhã de hoje (16) um protesto que reivindica, entre outros itens, a liberação das faixas exclusivas de ônibus também para os táxis, mesmo sem passageiro. Após percorrer avenidas importantes da cidade, como a Paulista e a 23 de Maio, eles chegaram ao Viaduto do Chá por volta das 12h20, onde fica a sede da prefeitura.
Apesar do interesse dos taxistas, um estudo da Secretaria Municipal de Transporte (SMT), apresentado em novembro deste ano ao Ministério Estadual, mostra que os táxis contribuem para a diminuição da velocidade e do desempenho dos ônibus nas faixas exclusivas.
De acordo com o órgão, o projeto de trechos destinados ao transporte coletivo resulta em uma melhora na mobilidade e na fluidez do tráfego.
Pela portaria atual, somente os táxis com passageiros são autorizados a utilizar as faixas dos corredores.
Os taxistas bloqueiam duas faixas do viaduto no sentido Praça do Patriarca. Os manifestantes estimam que cerca de 200 pessoas participam do protesto. Os taxistas destacam que o movimento não está vinculado a nenhuma organização sindical e que o ato foi organizado por meio de redes sociais na internet.
Além da liberação das faixas de ônibus, eles são contra a licitação de novos alvarás de táxi. Eles pedem que haja um sorteio entre os motoristas ativos do município.
Os taxistas reivindicam ainda direito de estacionar gratuitamente, por 30 minutos, em área de zona azul; autorização para usar a bandeira 2 durante o mês de dezembro, como forma de obter um décimo terceiro salário; definição de uma data do ano para reajuste da tarifa do táxi com base na inflação; inclusão da bandeira 3 para viagens fora da capital; mais segurança por parte da Polícia Militar; investigação, pelo Ministério Público, das diárias cobradas pelas locadoras de frota; e mais respeito pela fiscalização da São Paulo Transporte (SPTrans).
A assessoria de imprensa da SMT informou ainda que está marcada para amanhã, às 12h30, uma reunião com o promotor de Justiça da área de habitação Maurício Ribeiro Lopes, para tratar da questão.