Foto de arquivo mostra protesto de taxista contra o Uber no Rio (Yasuyoshi Chiba/AFP)
EFE
Publicado em 27 de julho de 2017 às 10h10.
Última atualização em 27 de julho de 2017 às 13h18.
Rio de Janeiro - Aproximadamente 1.000 motoristas de táxi provocaram nesta quinta-feira um colapso no trânsito da cidade do Rio de Janeiro com um protesto contra aplicativos para o transporte remunerado individual de pessoas, como Uber, Cabify e 99 Pop.
Os taxistas começaram a se concentrar logo no começo do dia e saíram de vários pontos estratégicos da cidade rumo ao centro da cidade, onde fica a Prefeitura, que registrou enormes congestionamentos.
Os manifestantes querem que o prefeito Marcelo Crivella implante regras rígidas e exerça um maior controle ao uso dos aplicativos que permitem que veículos particulares ofereçam serviços de transporte de passageiros.
Apesar do protesto ter sido pacífico em boa parte do tempo, alguns motoristas entraram em confronto com a Polícia e com profissionais que não aderiram ao movimento.
A Polícia precisou lançar gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes concentrados que em várias ocasiões tentaram bloquear o tráfego pela Avenida Presidente Vargas. Também foram registrados ataques de alguns motoristas de táxis contra motoristas supostamente vinculados a aplicativos.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), às 11h eram contabilizados 55 km de congestionamento.
Em comunicado, o Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro explicou que a principal reivindicação é a equiparação do trabalho dos motoristas de aplicativos com o dos taxistas.
O prefeito do Rio de Janeiro, em encontro ontem com representantes dos movimento, assegurou que estuda fórmulas para regulamentar os serviços de táxi e de veículos particulares.
Apesar de várias cidades brasileiras tentarem regulamentar ou até proibir os aplicativos, uma decisão judicial federal determinou que os motoristas de aplicativos também têm direito de oferecer os serviços em todo o país.