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Taxas de juros curtas sobem com IPCA perto do teto

A ata considerada mais "dovish" do último encontro de política monetária do Federal Reserve acabou influenciando a curva de juros na ponta longa


	Bovespa: no fim da sessão regular, o contrato para julho de 2014 marcava 10,87% (136.310 contratos negociados), a mesma do ajuste de ontem
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: no fim da sessão regular, o contrato para julho de 2014 marcava 10,87% (136.310 contratos negociados), a mesma do ajuste de ontem (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 17h28.

São Paulo - A ata considerada mais "dovish" do último encontro de política monetária do Federal Reserve acabou também influenciando a curva de juros na ponta longa.

O documento puxou a taxa dos Treasuries para baixo e também fez com que o dólar mudasse de direção e fechasse em baixa ante o real, no seu menor nível desde 30 de outubro do ano passado.

Na ponta curta da curva de juros, as taxas foram pressionadas pelo IPCA acima da mediana das projeções do mercado e perto do teto das estimativas. Segundo o IBGE, o IPCA de março foi de 0,92%, ante 0,93% no teto das apostas do mercado.

Apesar de o Banco Central, no comunicado do Copom, na semana passada, ter deixado a porta aberta para um possível encerramento do ciclo de alta da Selic, a alta dos preços pelo índice que baliza a meta de inflação acabou embutindo na curva de juros uma chance maior de novo aumento de 0,25 ponto porcentual da Selic no encontro do final de maio.

No final da tarde, a curva embutia uma possibilidade de 60% de novo aumento de 0,25 ponto. Além disso, também havia na curva uma chance de retomada do ciclo de aperto monetário no final deste ano e início de 2015.

Além do IPCA, também foi divulgado nesta quarta-feira, 9, que a primeira prévia do IGP-M de abril subiu 0,72%, ante alta de 1,16% na primeira prévia do mesmo índice de março. A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado, que esperavam taxa entre 0,62% e 1,03%, e abaixo da mediana de 0,80%.

No fim da sessão regular, o contrato para julho de 2014 marcava 10,87% (136.310 contratos negociados), a mesma do ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2015 registrou 11,10% (294.850 contratos), de 11,06% na véspera.

Nos vértices mais longos, o DI para janeiro de 2017 ficou em 12,25% (431.380 contratos), de 12,17% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 12,53% (50.240 contratos), de 12,48%.

Vale destacar que, hoje, o BC divulgou nota para esclarecer o funcionamento das instituições financeiras em dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, informando que não será feriado nessas ocasiões como chegou a cogitar o mercado.

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