A rede SUS na capital tem hoje 395 vagas em enfermarias e UTIs bloqueadas (Ricardo Moraes/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 8 de março de 2021 às 09h28.
Última atualização em 8 de março de 2021 às 19h19.
Após um período de estabilidade dos números de Covid-19, o Rio enfrenta nos últimos dias uma forte pressão em sua rede de saúde pública. A taxa de ocupação de leitos de UTI na capital bateu ontem 96%. No sábado, o índice estava em 93% e, há pouco mais de um mês, em 82%. A situação é ainda mais grave em oito cidades fluminenses onde não há mais vagas para tratamento intensivo: Três Rios, Teresópolis, Saquarema, Sapucaia, Rio das Ostras, Bom Jesus do Itabapoana, Paraíba do Sul e Miracema. A informação está no Painel Coronavírus, da Secretaria estadual de Saúde.
Outro dado que chama atenção é em relação aos pedidos de internação. Só na última sexta-feira, foram 201 solicitações para UTIs ou enfermarias, maior número registrado desde 20 de janeiro, segundo o governo estadual. Em todo o estado, a ocupação tem taxas menores: 73% nas UTIs e 50% nas enfermarias. Na semana passada, o índice para vagas de tratamento intensivo não ultrapassava os 70%.
A rede SUS na capital — que inclui unidades municipais, estaduais e federais — tem hoje 395 vagas em enfermarias e UTIs bloqueadas, principalmente por falta de profissionais. Boa parte fica em hospitais federais. Estão operacionais, ou seja, abertos, 519 leitos de UTI e 646 de enfermaria, com 979 pacientes internados. A taxa de ocupação das vagas em geral é de 84%. Hoje autoridades do estado e da prefeitura vão se reunir para viabilizar o aumento da capacidade da rede.
O ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro participou do podcast semanal EXAME Política e falou sobre o futuro político do país e da pandemia de covid-19.