O processo de redução dos homicídios dolosos coincide com as primeiras ações de pacificação em favelas (Andre Valentim/VIP)
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2012 às 18h55.
Rio de Janeiro - O número de homicídios dolosos no estado do Rio de Janeiro, nos primeiros quatro meses do ano, foi o menor de toda a série histórica iniciada em 1991, totalizando 21 anos. Segundo dados divulgados hoje (18) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), em 2012 foram registradas 1.436 vítimas no primeiro quadrimestre, uma queda de 8,9% em relação ao mesmo período de 2011 (1.577).
O processo de redução dos homicídios dolosos – cometidos intencionalmente - coincide com as primeiras ações de pacificação em favelas do Rio de Janeiro. Esse indicador atingiu o seu maior índice em 1995, quando foram registrados 3.189 óbitos.
O levantamento dos índices estratégicos de criminalidade da Secretaria de Estado de Segurança Pública aponta bons resultados em roubo de rua e letalidade violenta, dois dos três principais indicadores de violência, nos quatro primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2011. Roubo de veículo, no entanto, teve crescimento.
O indicador de letalidade violenta - homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte), auto de resistência (quando um policial mata em confronto) e lesão corporal seguida de morte - caiu 11,8% de janeiro a abril. Foram 1.644 vítimas, contra 1.864 no mesmo período de 2011. Nesse indicador, o resultado acumulado do ano foi o menor desde 2000, que registrou 2.372 vítimas.
Outro indicador estratégico, roubo de rua – incluindo roubo a transeunte, roubo de aparelho celular e roubo em coletivo – apresentou redução em todos os índices. No acumulado de janeiro a abril, em comparação com o mesmo período de 2011, verificou-se queda de 3.282 roubos. Foram 20.587 registros em 2012, contra 23.869 em 2011. Nesse caso, houve uma redução de 13,8%.
Já o indicador de roubo de veículo atingiu no período 25,8%, “um crescimento que confirma a tendência de alta dos últimos meses e que vem recebendo atenção especial das Polícias Civil e Militar”, segundo avaliação do próprio ISP. De acordo com o instituto, a Secretaria de Segurança vem realizando, desde março, operações para reverter o aumento desse crime.